segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Eduardo Brazão Filho 2

Estou mas não sou da Europa 
dos meus antepassados.
Sou África gigante;
Serei a pele do tambor gritante
que o imortal Neto descreveu outrora.

Não me encontro na cor
duma razão buscada;
minha Pátria é o solo onde nasci.
pelo meu Povo sofri
para a ver Libertada.

No punho erguido
sigo a flâmula progressista.
Eis minha razão buscada:
Sou um encontro no mundo - a pele do tambor esticada
do tantam imortal
repercutindo na harmonia dos tempos
em som triunfal
a dignidade de ter uma Pátria
sem igual!
 
"Amar Angolanamente - Poemas de Exílio", Eduardo Brazão Filho

(Eduardo Brazão Filho nasceu no dia 6 de Novembro de 1937. Morreu em 2002.)

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