sábado, 13 de abril de 2013

O Clube do Crachá

Foto ENRIC VIVES-RUBIO/PÚBLICO

Dois ministros e quatro secretários de Estado tomaram posse. Um empossado e uma empossada já tinham direito ao crachá, eram da coisa: Marques Guedes lá compareceu em Belém de nacional pin na farpela; não sei se as senhoras do alegado Governo de Portugal também têm direito ao crachá e, se têm, onde é que o espetam, mas o de Teresa Morais não se viu. Poiares Maduro, Pedro Lomba, Emídio Guerreiro e Cardoso da Costa apareceram em público de lapela em branco. Compreende-se, estavam apenas a chegar à coisa, a partir de agora é que é de peito feito.
O cerimonial que deu na televisão foi seco e desnecessário - tal qual Cavaco Silva. O governo de Portugal é na Alemanha e as juras feitas em Lisboa, após vénia ao Presidente, valem tanto para os portugueses do rés-do-chão como promissória de operário no BPN. Melhor seria terem-nos mostrado o secreto rito da entrega do crachá, que infelizmente continua a ser realizado atrás das cortinas palacianas.
Deve ser emocionante. Para eles. Porque o que eles querem é pertencer ao Clube do Crachá. Pessoas notoriamente inteligentes como Maduro e Lomba, sabendo que não vão fazer nada, só se percebe que adiram à corja instalada porque desejam o crachá - e essa é a única notícia da tomada de posse, para além da ausência de Paulo Portas. O crachá é que é. Tão é que é que Miguel Relvas também lá foi mas já sem ele, quase nu. Perdeu o direito. Viva o crachá, viva, pin.

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