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quinta-feira, 1 de junho de 2017

António Feijó

Eu e Tu
 
Dois! Eu e Tu, num ser indissolúvel! Como
Brasa e carvão, centelha e lume, oceano e areia,
Aspiram a formar um todo - em cada assomo
A nossa aspiração mais violenta se ateia... 
 
Como a onda e o vento, a lua e a noite, o orvalho e a selva,
- O vento erguendo a vaga, o luar doirando a noite,
Ou o orvalho inundando as verduras da relva -
Cheio de ti, meu ser de eflúvios impregnou-te! 
 
Como o lilás e a terra onde nasce e floresce,
O bosque e o vendaval desgrenhando o arvoredo,
O vinho e a sede, o vinho onde tudo se esquece,
- Nós dois, de amor enchendo a noite do degredo,
 
Como parte dum todo, em amplexos supremos
Fundindo os corações no ardor que nos inflama,
Para sempre um ao outro Eu e Tu pertencemos,
Como se eu fosse o lume e tu fosses a chama.

"Sol de Inverno", António Feijó

(António Feijó nasceu no dia 1 de Junho de 1859. Morreu em 1917.)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Isto, sim, é carnaval

A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa não tem uma política de ortografia e, por enquanto, também não tem uma posição em relação ao Acordo Ortográfico. Há quem seja a favor e quem seja contra, mas a reitoria diz que o assunto ainda não foi discutido. E, enquanto os sábios não se entendem, o director António Feijó explica que a faculdade "nem impede nem se opõe a que qualquer pessoa, seja docente, não docente ou aluno, escreva com a grafia que entender".
Ora vamos lá ver se eu percebi. A Faculdade de Letras - de Letras! - não tem política de ortografia nem posição acerca do Acordo Ortográfico. E, portanto, cada um que escreva como lhe apetecer, que está sempre bem. Era isto, não era? São uns brincalhões!...