Foto Hernâni Von Doellinger |
Eu saía à rua para a minha voltinha e via-os praticamente de braço dado, uma e outra vez, como se também fosse coisa de todos os dias, o ministro José Luís Carneiro e a presidenta Luísa Salgueiro. Creio que, nos dois ou três últimos meses, não houve governante que desse mais colo à autarca matosinhense, rodeados ambos por muitas fardas e armas, muitas motas, muitos carros potentes com luzinhas azuis, muitos guarda-costas, muitas fatiotas novas, muitos chegamissos e lambe-botas, como convém num recatado encontro entre dois despojados servidores públicos socialistas. Só assim de cabeça, lembro-me: o ministro da Administração Interna esteve cá em Matosinhos, recentemente, para apresentar a Operação Verão Seguro 2023, para apresentar os resultados da Operação Verão Seguro 2023 e, pelo meio, para inaugurar a Academia do Alertinha, isto pelo menos, porque eu não ando atrás deles a tomar conta.
Por isso fiquei com poucas dúvidas quando José Luís Carneiro anunciou a sua candidatura a secretário-geral do PS, contra Pedro Nuno Santos. Com quem ficaria Luísa Salgueiro, notável militante socialista, presidente da Câmara de Matosinhos e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses? A questão, a bem dizer, nem deveria colocar-se - pelo atrás exposto. Luísa só poderia ser Carneiro, embora nativa de Capricórnio. E, sempre atenta às pitonisas e pitonisos que assinalam para que lado sopram os ventos, lá apareceu ela, no Largo do Rato, na apresentação de... Pedro Nunos Santos.
Quer-se dizer: é a vida.
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