Oh! poeta, por que te deixaste encantar,
Se deviam roubar-te essa gentil criança,
E se o seu coração, cheio de confiança,
Não podia por ti viver a palpitar?
Que importa! Germinou à luz do seu olhar
Na minh’alma tristonha e que a existência cansa
O amor, que nos remoça e enche de esperança;
Por isso eu devo sempre a bendizer e amar.
Feliz ou infeliz, ser-lhe-ei fiel ainda!
Amarei minha dor, pois dela será vinda,
Dela por quem do seio os males arranquei.
Virgem, de cujo olhar cativam-me os encantos,
Se me fazes chorar, eu abençoo os prantos,
Se me deres a morte, - a morte abençoarei.
Se deviam roubar-te essa gentil criança,
E se o seu coração, cheio de confiança,
Não podia por ti viver a palpitar?
Que importa! Germinou à luz do seu olhar
Na minh’alma tristonha e que a existência cansa
O amor, que nos remoça e enche de esperança;
Por isso eu devo sempre a bendizer e amar.
Feliz ou infeliz, ser-lhe-ei fiel ainda!
Amarei minha dor, pois dela será vinda,
Dela por quem do seio os males arranquei.
Virgem, de cujo olhar cativam-me os encantos,
Se me fazes chorar, eu abençoo os prantos,
Se me deres a morte, - a morte abençoarei.
"Rimário", Valentim Magalhães
(Valentim Magalhães nasceu no dia 16 de Janeiro de 1859. Morreu em 1903.)
Sem comentários:
Enviar um comentário