Tintim faz hoje 93 anos. E bem fodido estaria se fosse português.
Provavelmente com uma
reforma de miséria e esmolada ao cêntimo, encaixotado num lar de idosos
clandestino, proibido de ir estorvar para a hemodiálise ou de sequer
bater à porta das urgências.
Teria certamente fome e vergonha por ver o seu país entregue à banca
corrupta e a escritórios de advogados e contabilistas estrangeiros e
mentecaptos. Choraria com o triste espectáculo dado pelos mal-amanhados
títeres que fazem de conta que são governo e oposição em Lisboa e nem um
orçamento conseguem parir. Pediria a morte medicamente assistida, se
pudesse pagar, mas não pode.
A sorte de Tintim é que ele é belga. Em Portugal não há tintins.
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