O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, não é por acaso que se chama assim: Parolin. Segunda figura da vetusta hierarquia da Igreja Católica, espécie de primeiro-ministro de um estado de almas (e só não digo que é o braço-direito do Papa para não ser mal interpretado), o cardeal italiano, que, ao contrário da maioria dos cardeais, até tem idade para ainda ter juízo, considera que a vitória do "sim" no referendo sobre a legalização do casamento homossexual na Irlanda é "uma derrota para a humanidade".
Eu acho que o cardeal Parolin - repito, Parolin - exagera um bocadinho a propósito de derrotas para a humanidade, manifestando talvez uma certa e determinada ignorância paroquial que fica mal a um príncipe e candidato a doutor da Igreja. Ou então, e que Deus lhe perdoe, o cardeal Parolin - repito, Parolin - está apenas a ser hierarquia da Igreja, com a cegueira e a má-fé do costume.
Espero ansioso pela palavra de Francisco, para perceber se a toléria é geral.
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