De facto, Vasco Graça Moura não podia ter entrado de forma mais esplendorosa no Centro Cultural de Belém. Chegou, pegou no Acordo Ortográfico e colocou-o no seu devido sítio: a sanita. Depois puxou o autoclismo. Conta o jornal Público que o novo presidente do CCB fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços para voltarem ao nosso português e para que os conversores informáticos (ferramenta que adapta os textos à língua recentemente inventada e vagamente parecida com a nossa) sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.
Juro que já valeu a pena a substituição de António Mega Ferreira, e estou a ser o mais sincero que sei. Venha aí o que vier, o consulado de Vasco Graça Moura à fente do CCB já está definitivamente marcado. Pela coerência, pela coragem, pela sensatez, pela sabedoria. Creio que Graça Moura até já se pode demitir. Ou ser demitido. Porque isto, com o Relvas, não fica assim.