Fogo na mata
O fogo se alastra rugindo qual fera
sedenta de sangue ao baque da presa.
E nessa volúpia de gozo e braveza
o ventre escaldante revolve e descerra!
E abrange a amplitude, e rasga e se aferra,
lambendo raivoso, voraz na destreza!
E a mata se dobra, na rude grandeza,
tombando entre as chamas à face da terra.
Por entre o negrume crepita o braseiro,
e o pobre colono, de braços cruzados,
lamenta impotente a falta do aceiro...
Agora já é tarde. Pois nada mais resta
senão que trabalhos por força dobrados
e a triste saudade da verde floresta...
O fogo se alastra rugindo qual fera
sedenta de sangue ao baque da presa.
E nessa volúpia de gozo e braveza
o ventre escaldante revolve e descerra!
E abrange a amplitude, e rasga e se aferra,
lambendo raivoso, voraz na destreza!
E a mata se dobra, na rude grandeza,
tombando entre as chamas à face da terra.
Por entre o negrume crepita o braseiro,
e o pobre colono, de braços cruzados,
lamenta impotente a falta do aceiro...
Agora já é tarde. Pois nada mais resta
senão que trabalhos por força dobrados
e a triste saudade da verde floresta...
"Marcas do Tempo", Virgínia Tamanini
(Virgínia Tamanini nasceu no dia 4 de Fevereiro de 1897. Morreu em 1990.)
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