O dono do cão bocejou com toda a categoria, e o cão do dono não lhe ficou atrás - bocejou também, canicamente embora, mas num bocejar perfeito e que, se fossem a meças, não ficaria atrás do outro. E eu, que pensava que o contágio bocejal era coisa entre pessoas unicamente, sorri e depois ri, e, enquanto me ria, bocejei também, sem poder mandar em mim. Isto foi palavra de honra, no cruzamento da Rua de Brito Capelo com a Avenida da República, em Matosinhos, uma destas noites, tenho a minha mulher por testemunha. Moral possível da história: se verificarmos com cuidado, todos somos um bocadinho cães, não é?
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