Foto Hernâni Von Doellinger |
Mandaram-no abaixo de Braga e ele foi.
Quando chegou a Celeirós,
telefonou a perguntar se já estava bem.
Foto Hernâni Von Doellinger |
Mandaram-no abaixo de Braga e ele foi.
Quando chegou a Celeirós,
telefonou a perguntar se já estava bem.
"Pá comida!", escreveu o jovem escultor de areia na caixinha de cartão estrategicamente colocada junto à sua mais recente criação e já com quatro ou cinco moedas pré-depositadas. "Pó caralho!", dizia um papelinho que lá foi enfiado pouco depois não sei por quem.
Foto enviada por Adelino Teixeira, ex-jogador da AD Fafe |
Uma vez, há muitos anos, levaram-me a uma espécie de concerto no auditório do Conservatório de Música de Braga. Eu estava no seminário, teria no máximo os meus dezasseis anos e portanto que remédio. Fomos talvez para compor a sala, não faço ideia. E aquilo foi muito chato, não é para me gabar. Pela primeira vez na vida ouvi Béla Bartók, por interposta pessoa, e Cândido Lima, por ele próprio, creio que também com direito a comentários, ainda por cima. Saí de lá muito zangado com a padralhada e convencidíssimo de que o que acabara de ouvir não era música, até porque já tinha aprendido nas aulas que "música é um conjunto de sons agradáveis aos ouvidos", e na verdade eu vim cá para fora com as orelhas todas fodidas. Que se segue? Hoje é Dia Internacional da Música Estranha e eu lembrei-me deste lamentável episódio, que me marcou como ferro em brasa até aos dias de hoje. Devo acrescentar em minha defesa que entretanto mudei de opinião a respeito daquela, digamos assim, especialidade musical. Mas apenas um bocadinho...
Foto Hernâni Von Doellinger |
Foto Ana Luísa Alvim, CML |
Ela, vaidosa, gostava de se apernaltar. Não é que ela fosse irremediavelmente baixa no seu magnífico metro e cinquenta e sete, na verdade os seus pés chegavam quase sempre ao chão, pelo menos quando andava, mas ela gostava de sentir-se nas nuvens. Só calçava carrinhos de choque e recorria a todos os expedientes para crescer a olhos vistos. E metia tudo o que podia: cunhas, calços, avançados, médios defensivos, rampas, plataformas, saltos, tacões e até palmilhas em camadas, como bolo recheado. Era de rir vê-la caminhar naqueles preparos altaneiros e amiúde circenses, e ao riso dos outros ela chamava inveja, sentimento rasteiro, coisa de gente pequena. Portanto era isso, ela gostava de se apernaltar.
Ouça lá! Porque é que não adopta um elefante? Eles andam aí pelos cantos, coitadinhos, depois de terem sido despedidos do circo derivado ao politicamente correcto, modernidades. São desempregados, pobres, abandonados, sujos, aleijados, excluídos, elefantes. E agora ninguém lhes pega, por causa da má publicidade: diz que incomodam muita gente. Homessa!, o Papa Francisco também e, mais, andaram aí com ele nas palminhas. Vá lá, hoje é o dia certo, adopte um elefante, ou, olhe, melhor ainda, adopte um casal de elefantes e sinta-se bem a respeito da sua excelente pessoa, é só uma questão de organizar o espaço em casa. E os elefantes ainda hão-se ser moda...
Ele tinha uma memória de elefante. E de tromba, verdade seja dita, também não estava mal servido.
Celebra-se hoje o Dia Mundial do Elefante. Pegue no seu, tire-o da sala, faça-o sair de casa, leve-o a apanhar ar, a dar um passeio, a ver as montras. O dia é dele, caramba! Deixe-o entrar numa loja de porcelanas. Os elefantes adoram.
Rui Valério entrou para o seminário aos 11 anos, conta a CNN Portugal, e hoje o Papa escolheu-o para ser o novo patriarca de Lisboa. Eu também entrei para o seminário aos 11 anos, mas, lá está, tenho a produção toda tomada até ao final do ano e, a verdade também é só uma, convinha-se um lugar cá mais para cima, para o Minho, se possível, no Alto Minho então é que era, uma casinha com um terreno, pequeno que fosse, o rio e o mar à beira...
Foto Hernâni Von Doellinger |
Se fosse vivo, Mário Cesariny festejaria hoje o seu centenário. O que, apesar de tudo, não deixa de ser extraordinário.
Foto Hernâni Von Doellinger |
Hoje é o quarto dia da Jornada Mundial da Juventude. E é também Dia Internacional da Cerveja. As autoridades colocaram Lisboa sob aviso queima das fitas.
Vejo nas notícias sobre a minha terra que um trabalhador de 72 anos morreu "em acidente de trabalho", numa obra. "Um cilindro que capotou e o trabalhador ficou por baixo", explicou ao JN o comandante dos Bombeiros de Fafe. Um trabalhador de 72 anos. Nas obras. Mas que raio de país somos?...