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quarta-feira, 30 de julho de 2025

A superioridade moral 2

Toda a gente sabe que a "superioridade moral" da direita é muito melhor do que a "superioridade moral" da esquerda. E vice-versa.

terça-feira, 29 de julho de 2025

terça-feira, 20 de maio de 2025

O que precisa de saber

"Cancro da próstata agressivo: o que precisa de saber sobre a doença de Joe Biden", propõe o título do jornal Público. E a verdade é só uma: no assunto em questão, "a doença de Joe Biden", eu não "preciso" de saber mais nada, "cancro da próstata agressivo", eu percebi. Mas quê? Com todos os partidos a quererem ser iguais ao Chega, incluindo o PSD, parece que também todos os jornais querem ser iguais ao Correio da Manhã, incluindo o Público. Depois, queixem-se!

sexta-feira, 9 de maio de 2025

O Público pergunta

No seu extraordinário "Dating eleitoral 2025", o jornal Público pergunta aos seus leitores: "Com que partido sairia para jantar?" E eu pergunto: como é que se sai para jantar com um partido? E é lombo de porco assado, como o costume? O Público, às vezes, palavra de honra...

domingo, 20 de abril de 2025

Os portugueses divididos

De acordo com as sondagens, "serviço militar obrigatório e privatização da TAP são os temas que mais dividem os portugueses". As sondagens têm, como sempre, razão. Basta andar na rua, nos transportes, ir ao café, ao mercado, à missa ou à bola, e realmente não se fala de outra coisa: tropa e TAP.

As aparições

O Papa Francisco "apareceu" hoje na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano - dizem as notícias. Nossa Senhora foi numa azinheira da Cova da Iria, Fátima, em 1917.

sábado, 5 de abril de 2025

As misses do PS

"Sousa Pinto questiona ausência de Beleza nas listas" do PS, diz o Observador. E Sousa Pinto tem toda a razão, digo eu: as listas são realmente muito feias. As do PS e as outras todas. Mas, também, na merda em que nos enterrámos, o que é que queriam?...

P.S. - E quem diz misses, diz divas, primas-donas. Primas-donas doridas.

quarta-feira, 26 de março de 2025

António Rebordão quê?...


Uma vez, há catorze ou quinze anos, eu tive a sorte de almoçar com o escritor António Rebordão Navarro. Eu e mais três amigos e velhos camaradas de ofício, dos jornais, num acidental e feliz reencontro à beira-Douro, lá na Ribeira de Gaia. Falámos sobretudo de banalidades risíveis, como convém à mesa, mas era fatal chegarmos aos livros. Meti conversa, como quem não quer a coisa:
- Sabe que fomos praticamente vizinhos durante alguns anos? O senhor doutor ainda mora lá para a nossa Foz?...
O senhor doutor era para mim senhor doutor porque Rebordão Navarro era formado em Direito e chegou a exercer de advogado e de delegado do Ministério Público, antes de se entregar de corpo e alma à escrita, como ficcionista, poeta e editor. Já quanto à resposta, às respostas que eu, molageiro, lhe pedia, disse-me que não e que sim. Que não sabia que fôramos vizinhos, que aliás não me conhecia de lado nenhum nem isso lhe fazia falta, mas que realmente continuava pela Foz, embora já não na Praça de Liège.
Porém era ali que eu queria chegar. Com esta minha notável capacidade para fazer figuras tristes, que já então se manifestava exuberantemente, eu estava mortinho por demonstrar mais uma vez quão sólido é o cuspo com que argamasso os meus pindéricos alicerces culturais. E acrescentei, todo vaidoso:
- Sabe, eu tenho o livro, tenho "A Praça de Liège". Se soubesse que me ia encontrar com o senhor doutor, até o tinha trazido para que me fizesse o favor de uns sarrabiscos, de um autógrafo. Tenho o livro, está lá em casa...
- Ai tem o livro? Mas eu escrevi mais livros, escrevi para aí uns catorze... - cortou Rebordão Navarro, sem disfarçar o sorriso malandro como o arrozinho de feijão e legumes que lhe acompanhava os bolinhos de bacalhau com que se deliciava.
A minha primeira reacção foi largar o meu habitual "Eu sei!" com que tento sair das enrascadas em que por mania me meto, e recitar ali mesmo, de cor e salteado, da trás para a frente e da frente para trás, por ordem alfabética e depois por ordem cronológica, os outros treze títulos do reputado autor que tinha à minha frente de faca em punho, mas a verdade é esta: eu só conhecia "A Praça de Liège". Optei, portanto, por tornar pública a minha segunda reacção, que também me saiu uma boa merda e que foi "Pois faço ideia, mas lamentavelmente não tenho acompanhado a carreira do senhor doutor"...

"A Praça de Liège" foi um sucesso tremendo aquando da sua publicação, em 1988. Era o livro da moda (pois se até eu o comprei!) e ganhou o Prémio Literário Círculo de Leitores. Na altura em que me encontrei com o autor, contou-me o próprio, no Círculo de Leitores já não sabiam quem ele era, quem era o escritor António Rebordão Navarro. Alguém do Círculo contactou a irmã do escritor por uma razão qualquer, a senhora falou do irmão e do famigerado prémio e obteve como resposta um lamentável
- Quem? Rebordão quê? Não conheço...
Pois é: a memória! As empresas enxotam quem sabe da poda, despedem os funcionários pelas mãos dos quais passaram os factos e as pessoas, preferem juniores renováveis e analfabetos, verdes como os recibos, fiam-se no Google e na inteligência artificial mas não vão lá. E depois ninguém sabe nada de nada, por manifesta estupidez natural.
Há anos que está a acontecer o mesmo nas redacções dos jornais portugueses e até se contam algumas saborosas anedotas a esse respeito. São de rir tanto, as anedotas, que às tantas até são verdade.

No que me diz respeito, e como penitência pela minha ignorância àquela data quanto à dimensão da obra literária de António Rebordão Navarro, que afinal era qualquer coisinha mais do que catorze títulos, aqui deixo o registo essencial, com sinceros votos de que faça também bom proveito à rapaziada do Círculo de Leitores: poesia - "Longínquas Romãs e Alguns Animais Humildes", 2005; "A Condição Reflexa", 1989; "27 Poemas", 1988; "Aqui e Agora", 1961; teatro - "Sonho, Paixão, Mistério do Infante D. Henrique", 1995; "O Ser Sepulto", 1972; crónica - "Estados Gerais", 1991; ensaio - "Juro Que Sou Suspeito", 2007; conto "Dante Exilado em Ravena", 1989; romance - "As Ruas Presas às Rodas", 2011; "A Cama do Gato", 2010; "Romance com o Teu Nome", 2004; "Todos os Tons da Penumbra", 2000; "Amêndoas, Doces, Venenos", 1998; "A Parábola do Passeio Alegre", 1995; "As Portas do Cerco", 1992; "Mesopotâmia", 1984; "A Praça de Liège", 1988; "O Parque dos Lagartos", 1981; "O Discurso da Desordem", 1972; "Um Infinito Silêncio", 1970; "Romagem a Creta", 1964.

P.S. - António Rebordão Navarro morreu no dia 22 de Abril de 2015. E Portugal adormecido parece que já não sabe quem é que ele foi, quem é que ele é, o que significa. Actualmente, acho isso mal. Para ignorante, bastava eu. Em todo o caso, hoje é Dia do Livro Português.

sábado, 15 de março de 2025

Taxistas compram eléctricos

Foto Hernâni Von Doellinger

"Um milhão de euros para ajudar taxistas a comprar elétricos", anuncia em título o jornal digital O Minho, a propósito de uma notícia da agência Lusa. Eu acho muito bem, é dinheiro muito bem empregue. E é património que se salva. Porque os eléctricos fazem parte das nossas vidas, da nossa memória colectiva, e era uma peninha perderem-se. Que os comprem, que os recuperem e que os metam a uso, com ou sem carris, que é sempre outra largueza para os passageiros. 
Faço votos para que, a seguir, o Estado ajude também os taxistas a comprar barcos rabelos.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

No tempo em que os animais falavam

Foto Gaspar de Jesus

Houve um tempo em que os presidentes dos maiores clubes de futebol falavam com os jornalistas e até convidavam os directores dos jornais para jantar. Todos eram tratados por igual e quem tivesse unhas que tocasse viola. Mas isso foi muito, muito antigamente, no tempo em que os animais falavam e não havia telemóveis. Depois, conta-se que os presidentes dos maiores clubes resolveram dividir os jornalistas em dois grandes grupos: os que levavam recados e os que levavam pancada - e deixaram de falar aos restantes. Mais tarde, os presidentes dos maiores clubes criaram as suas próprias televisões e passaram a ser "entrevistados" pelos seus próprios assalariados. E agora, quando se dignam descer até ao ecrã das televisões ditas generalistas, exigem tratamento de primeiro-ministro. São outros tempos! E entretanto já não sobramos todos daquela mesa...

P.S. - Publicado originalmente no dia 30 de Maio de 2014.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Vademetro!

Disseram-lhe - Vá de metro, Satanás! E o Diabo foi. Saiu na estação do Bolhão e apanhou o 401 para São Roque. 

P.S. - O Diabo, semanário português, foi lançado no dia 10 de Fevereiro de 1976.

O advogado do Diabo

Acusavam-no de ser amiúde advogado do Diabo. Ele defendia-se alegando que tinha porta aberta, que por princípio nunca recusava um clientes, por mais Mafarrico que fosse, e que não queria problemas com a Ordem. Mas negava o pacto.

P.S. - O Diabo, semanário português, foi lançado no dia 10 de Fevereiro de 1976.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Jornais, eram bons mas acabou-se?

"Público vence 11 prémios European Newspaper Award", anunciou o jornal Público. "Expresso vence 14 prémios no European Newspaper Award", anunciou o jornal Expresso. "Diário vence dois prémios no European Newspaper Award", anunciou o Diário de Notícias, da Madeira. Quer-se dizer. Eu não sei se prémios distribuídos urbi et orbi e à dúzia são mesmo para levar a sério, mas, se por acaso forem, não é uma peninha que os jornais portugueses, regra geral assim tão bons, estejam todos para fechar?...

A mulher de Matheus Reis

"Mulher de Matheus Reis "ataca" João Pinheiro", escreve em título o jornal desportivo O Jogo. Eu não sei quem é a mulher de Mateus Reis, mas chama-se, segundo leio, Jack Rodrigues. Matheus Reis é jogador do Sporting, mas, se eu o vir na rua ou mesmo na televisão sem o nome às costas, também não sei quem é. João Pinheiro é árbitro de futebol e apitou o último FC Porto-Sporting e, tanto quanto percebi, expulsou Matheus Reis já no esgotar do jogo. 
Eu parece-me muito importante que o jornal desportivo O Jogo nos vá informando a respeito dos "ataques" e de todas as outras posições sobre o mundo moderno da mulher de Matheus Reis. O futebol é mesmo assim, as notícias são o que são. E o João Pinheiro, entretanto, que se ponha a pau...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Entre o dantesco e o dá-me lume

No tempo do jornalismo, havia um sábio chefe de redacção que afinava solenemente quando os seus repórteres vinham da rua e escreviam que o incêndio era "dantesco". "Não há incêndios dantescos!", vociferava definitivo o mestre, cortando a riscos de esferográfica e raiva a asneirola que tanto o incomodava. Quer-se dizer: "incêndios dantescos", haver, há, mas não propriamente no anexo de uma "ilha" na Rua de Cedofeita, coisa resolvida pelos bombeiros em menos de um fósforo. O velho mestre tinha razão, como princípio de conversa. Porque as palavras querem dizer e têm preço, um valor específico, não devem ser usadas à toa e de graça. Porque um desgraçado dia elas são precisas a sério, e já não contam para nada...

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

O novo Sidónio Pais

José Pacheco Pereira alertava, em Março de 2012, em Coimbra: "a cama está posta" para o surgimento de um novo Sidónio Pais montado num cavalo branco, populista e demagógico, que ponha em causa a democracia. O ambiente propício ao surgimento de alguém dessa natureza - frisou - "existe por todo o lado, na Internet, nos jornais, nos grafites" nas paredes.
"Isso é, quanto a mim, o maior risco para a nossa democracia. Não é tanto que haja um golpe militar, ou que haja uma tentativa autoritária", disse então Pacheco Pereira, fazendo notar que o ambiente de crise o favorece, com "uma forte deslegitimação do sistema político, dos políticos e dos partidos".
E que mais afirmava Pereira? Que democracia e demagogia "são completamente diferentes, mas muito parecidas", pois "ambas têm uma forte presença daquilo a que podemos chamar opinião popular", com a segunda a recorrer muito aos meios que a Internet propicia. E que "essa possibilidade demagógica e populista virá pela televisão, por alguém que será simpático para um número significativo de pessoas e que fale a linguagem antipolítica", salientando que tanto pode ser de direita como de esquerda e até pode passar por eleições.
"O populismo ganha eleições e depois governa-se sem lei ou com pouca lei. E como há uma grande desagregação do sistema judicial e uma grande desagregação da autoridade do sistema judicial, uma desagregação, no fundo, do primado da lei, está criada essa cama" - avisou.

Isto foi há doze anos, muito antes da pandemia e do estado a que chegámos. Confesso que, à época, eu ainda lia e ouvia Pacheco Pereira com um certo preconceito - estupidez minha - e até brinquei com o assunto. Repito: estupidez minha. No circo da análise jornalística, quero dizer, no mundo da opinião tutti frutti esparramada nos jornais, Pacheco Pereira é, na verdade, um oásis de lucidez e ponderação, um poço de sabedoria. Um abençoado destoante.
E clarividente. Em 2012, Pacheco Pereira acertava praticamente em cheio nos dias de hoje. Enganou-se, é certo, na arma - o novo Sidónio não será com certeza de Cavalaria -, mas o branco, o branco já lá estava. Branco e radiante.

sábado, 5 de outubro de 2024

Viva a República! Viva Portugal!

Viva a República! Das bananas, das lagostas, dos camarões, dos tubarões, das tapas, das tipas, da cerveja, do café, da música, do livro, das letras, das tretas, dos bifes, dos camones, do reggae, de emaús, do churrasco, das francesinhas, da pequenada, das mamãs, da quarta geração, das flores, da saudade, dos sabores, do medo, do se7e, do oito, do direito, do esquerdo, da mafia, da glória, da carne, do petisco, dos cachorros, dos cucos, dos kágados e de todos os animais em geral. Viva! Viva a República! Vivam O Século Ilustrado, A Capital, o Diário Popular, o Diário de Lisboa, O Comércio do Porto e O Primeiro de Janeiro! Vivam! Vivam!, Vivam! Três vezes vivam!, e paz às respectivas almas...

Por outro lado: a Wikipédia faz notar que neste dia 5 de Outubro, em 1910, "Em uma revolução em Portugal, a monarquia é derrubada e uma república é declarada."
Portanto: viva também o escusado e falhado acordo ortográfico! E viva a nossa língua brasileira!

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Liberdade de imprensa, dizem

"Cristo morreu, Marx também, e eu já não me sinto nada bem", dizia mais ou menos assim a famosa frase humorístico-panfletária das décadas de sessenta e setenta do século passado. Cristo morreu mas ressuscitou, Marx só não ressuscitou porque era materialista ateu e imprevidente, mas anda por aí como o nosso Santana Lopes, e eu, nesta historieta, não interesso para nada. Porém. Cultivo aqui no Tarrenego! uma comprovada teoria que se chama "Elvis não morreu e o 24horas também não". Assim. Elvis Presley morreu no dia 16 de Agosto de 1977. Ou, melhor dizendo, foi exactamente nesse dia que Elvis Presley não morreu. Ele anda por aí, como Cristo, como Marx e como Santana Lopes. O jornal 24horas morreu oficialmente no dia 30 de Junho de 2010. Ou, melhor dizendo, foi exactamente nesse dia que o jornal 24horas não morreu. Ele também anda por aí, ainda e sempre a bojardar: chama-se agora Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Sábado, Observador, Diário de Notícias, Sol, Record, A Bola, O Jogo, às vezes até Público e assim sucessivamente...

P.S. - Hoje é Dia Mundial ou Dia Internacional da Liberdade de Imprensa.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Uma questão de potência


Mr. Bean estampou-se contra uma árvore. A cena tem piada, mas não é para rir. O comediante britânico Rowan Atkinson teve mesmo um acidente, em Agosto de 2011, e quase desfez o carro, que por acaso não era o Mini 1976 amarelo com volante removível e aloquete (cadeado, se lido em Lisboa) da famosa série de televisão, mas um McLaren F1 que, segundo leio, é caro que eu sei lá e dá mais de 380 à hora. Tento imaginar que 380 à hora deve ser muito à hora, à hora demais, mas não consigo, não faço ideia. A reparação do automóvel - se é que se pode chamar automóvel a este avião de calças curtas - custou à companhia de seguros mais de um milhão de euros. E eu também não sei quanto é um milhão de euros. Não faço ideia, por mais que tente imaginar.
A história tem muito que se lhe diga e realmente já tem barbas, mas a problemática que lhe subjaz está outra vez na ordem do dia, como adiante se verá.
A inveja é uma cena que não me assiste. Mr. Bean que tenha o carro que quiser e os jogadores de futebol também. Ganham bom e merecido dinheiro, melhor para eles. Que o gastem como quiserem e que gastem muito, que é óptimo para nós todos, até para as oficinas, seguradoras e outros intermediários - que eles espetam-se como tordos. Do fundo do coração, o que lhes estimo é o que lhes desejo. E que, com a graça de Deus, seja sempre só chapa. Mas, tenho de confessar, não percebo a queda desta gente para carros de mil à hora só para ir de casa ao café e do café para casa. Sabem o que se diz, aparentemente comprovado por estudos científicos: grande bomba, pila pequena? Pois se calhar. Não estudei para isso nem fui estudado, não faço a mínima. E mais até estou à vontade para falar sobre o assunto: não tenho carro e nem sequer sei conduzir...

P.S. - O primeiro jornal humorístico português foi lançado, em Lisboa, no dia 9 de Fevereiro de 1856. Chamava-se "Asmodeu" e há quem diga que afinal foi o segundo jornal humorístico português, a seguir ao "Suplemento Burlesco de O Patriota".