segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Entre o dantesco e o dá-me lume
No tempo do jornalismo, havia um sábio chefe de redacção que afinava solenemente quando os seus repórteres vinham da rua e escreviam que o incêndio era "dantesco". "Não há incêndios dantescos!", vociferava definitivo o mestre, cortando a riscos de esferográfica e raiva a asneirola que tanto o incomodava. Quer-se dizer: "incêndios dantescos", haver, há, mas não propriamente no anexo de uma "ilha" na Rua de Cedofeita, coisa resolvida pelos bombeiros em menos de um fósforo. O velho mestre tinha razão, como princípio de conversa. Porque as palavras querem dizer e têm preço, um valor específico, não devem ser usadas à toa e de graça. Porque um desgraçado dia elas são precisas a sério, e já não contam para nada...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário