segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Um país sem tintins

Tintim faz hoje 93 anos. E bem fodido estaria se fosse português. Provavelmente com uma reforma de miséria e esmolada ao cêntimo, encaixotado num lar de idosos clandestino, proibido de ir estorvar para a hemodiálise ou de sequer bater à porta das urgências. Teria certamente fome e vergonha por ver o seu país entregue à banca corrupta e a escritórios de advogados e contabilistas estrangeiros e mentecaptos. Choraria com o triste espectáculo dado pelos mal-amanhados títeres que fazem de conta que são governo e oposição em Lisboa e nem um orçamento conseguem parir. Pediria a morte medicamente assistida, se pudesse pagar, mas não pode.
A sorte de Tintim é que ele é belga. Em Portugal não há tintins.

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