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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Gorilas da Bruna

Bruna é uma youtuber bastante influencer. Elegante, bonita, regularmente recauchutada, famosa por ser famosa, esbanja sensualidade por tudo e por nada e enriqueceu por causa disso. Bruna mal pode sair à rua como as outras pessoas, isto é, põe um pé fora da porta a caminho da piscina por exemplo em Ibiza e multidões de adoradores caem-lhe em cima. Bruna tem milhões de seguidores. De perseguidores. Para fazer uma vida normal, viu-se até obrigada a contratar dois possantes seguranças, ou guarda-costas, à Kevin Costner, ou gorilas, como também se diz, que não a largam um segundo e vão com ela a todo o lado, inclusive à casa de banho por exemplo nas Maldivas. São conhecidos como os gorilas da Bruna.

P.S. - Hoje é Dia Mundial das Redes Sociais.

domingo, 15 de junho de 2025

Cuidado com as correntes de ar!

Evite sair de casa. Feche bem, reforce e proteja janelas e portas. Fixe todos os objectos exteriores que possam ser arrastados, recolha cadeiras, mesas, toldos e guarda-sóis. Vá para dentro! Se tiver mesmo de ir à rua, mantenha a calma e abrigue-se em lugares seguros, não toque em cabos ou fios eléctricos, afaste-se de árvores, materiais suspensos com risco de queda e superfícies envidraçadas. Na estrada, limite a velocidade e redobre cuidados especialmente se conduz veículos longos ou com reboque. Não saia da viatura, feche vidros e ligue as luzes de sinalização, mantendo-se longe dos edifícios. Isso mesmo. Pode não parecer, mas hoje é Dia Mundial do Vento. E, num dia assim, tudo pode acontecer...

P.S. - Hoje é Dia Mundial do Vento.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O antipasseios

Foto Hernâni Von Doellinger

Não sei o que lhe aconteceu em pequeno, mas este senhor já de uma certa idade tem qualquer coisa contra os passeios. Todos os passeios. Estreitos ou largos, em empedrado, cimento, betão hidráulico, aglomerado asfáltico, lajedo ou calçada portuguesa, despreza-os, evita-os, foge-lhes, como o diabo foge da cruz. Anda sempre pela estrada, sempre, e se houver carros estacionados, vai-lhes rente, lado de fora, quase pelo meio da rua. Há anos que o conheço assim, sem o conhecer de lado nenhum. Assim exactamente, ele lá terá as suas razões. Desce, parece-me, a Circunvalação, pela estrada, vira para Matosinhos na Anémona, pela estrada, e vai pela estrada à beira-mar suponho que até à lota, sempre a bom ritmo, quem mo dera a mim, fazendo decerto mais tarde o caminho inverso, obviamente pela estrada e talvez com peixe fresco.
Também não sei que distúrbio será este, se é que é um distúrbio e consta do catálogo - passeiofobia, às tantas -, sei é que as coisas passam-se invariavelmente assim, logo pela manhã, dia após dia, ano após ano, e o saco plástico também faz parte.

Foto Hernâni Von Doellinger

sábado, 6 de julho de 2024

Eles sabem a que é que eu saibo

Aramis andava à solta no Parque da Cidade. Também por lá andavam os espreitas do costume, no miradouro do costume, equipados de perversão e binóculos mal disfarçados, à cata de parzinhos no marmelanço. Mas do que eu quero falar agora é do Aramis, um cão, bem bonito por sinal, de raça... grande, que se afastou da alçada da dona e resolveu começar a rondar-me primeiro, a ladrar-me depois, e a ameaçar abocanhar-me logo que lhe apetecesse.
Eu fiz o que pude, dadas as circunstâncias: acagacei-me até mais não, a bem dizer paralisei, ainda por cima passou-me pela cabeça que de repente se desemboscassem por detrás das árvores o Porthos, o Athos e até o d'Artagnan para ajudarem o Aramis e então é que eu me borrava todo. Uma vergonha.
Portanto era nisto que nós estávamos: eu ali à rasquíssima, nem para a frente nem para trás, e o estupor do cão (eu já disse que era bem bonito por sinal?) com a dentuça cada vez mais arreganhada e mais próxima dos meus ricos calcanhares. A dona bem chamava por ele, aflita, "Aramis, anda cá, Aramis, anda cá", foi assim que eu fiquei a saber o nome do animal, mas ele deixa-te estar que eu já te atendo.
"Desculpe, ele só quer brincar", aproximou-se de mim a dona, a ver se lhe punha a mão no pêlo e é o pões. "Mas eu não, minha senhora", saiu-me numa vozinha de falsete e o coração quase que vinha atrás. Não consegui articular, mas eu tinha sérias dúvidas de que o cão estivesse informado de que só queria brincar.
Finalmente, num assomo de determinação e talvez desespero, a senhora gritou, dura, autoritária, "Aramis, anda já aqui à dona!", conferindo uma inflexão muito forte à palavra dona. E o cão acordeirou, deixou-se prender e levou um raspanete. Eu saí dali para fora logo que as minhas pernas me deixaram, dando graças a Deus por na verdade haver cães que conhecem o dono. A dona.
Agora, a minha ideia é esta: o Parque chega para todos, pessoas, cães e até outros animais mais ou menos selvagens, como, por exemplo, as bicicletas. Mas, tendo em vista uma convivência pacífica entre todas as espécies, impõe-se que alguém ande pela trela. Ou eles ou nós. A mim tanto me faz.

(Publicado originalmente no dia 29 de Julho de 2011)

sábado, 20 de abril de 2024

Chamam-lhe train surfing

Foto Hernâni Von Doellinger

Acerca da insegurança no Metro do Porto, dos vários tipos de insegurança no Metro do Porto, escrevi aqui no dia 2 de Abril de 2015: "Eu se fosse segurança, palavra de honra, nem sequer me metia com os gandulos que agora viajam na esplanada das traseiras do metro sem que uma farda qualquer os arranque dali para fora pelas orelhas e, já agora, com um par de estalos. E antes que se aleijem."
Isto, portanto, há nove anos, altura em que a coisa terá começado. Os putos chamam a isto, cá em cima, "andar à guna". Entretanto, em Abril de 2019, quatro destes gabirus, com 15 ou 16 anos, caíram à linha em Rio Tinto quando andavam nestes perigosos preparos, foram atropelados e ficaram feridos, dois deles em estado grave. E em Maio do ano anterior morrera uma rapariga de 13 anos. De acordo com os mais recentes avistamentos, a toléria continua. Os jornais e as televisões chamam a esta merda train surfing, o que lhe empresta um ar desportivo, radical, aventureiro, jovem e dinâmico, desafiante, descontraído, nome de nova modalidade olímpica. Eu chamo-lhe estupidez. Estupidez natural.

sexta-feira, 22 de março de 2024

O dia da árvore (vir abaixo)

Foto Hernâni Von Doellinger

Afinal o dia da árvore é hoje, e não foi ontem, pelo menos para o carro do vizinho que acaba de levar com uma em cima. A prevaricadora é a árvore número 12, apenas duas adiante da minha, e finalmente começo a perceber porque é que elas agora são numeradas e etiquetadas. Assunção de responsabilidade civil. Já cá estão a polícia, os bombeiros e funcionários da autarquia, a área foi devidamente selada pelas autoridades forenses, a rua está cheia de mirones, turistas, romeiros e foliões. Há teorias e palpites. Para além das tradicionais poeiras africanas, anda por aqui uma praga de joaninhas e meia árvore desabou inopinadamente numa manhã sem vento. De podre terá caído - como o PS, por assim dizer. Já ouço as motosserras oficias. A 12 vai para lenha, e é muito bem feito. Espera-se a todo o momento a chegada da senhora presidenta da Câmara, da CMTV e da CNN. Matosinhos é uma festa!

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Uma questão de nível

Foto Hernâni Von Doellinger

Há passagens de nível. E outras sem categoria nenhuma...

P.S. - Hoje é Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Vá para dentro!

Evite sair de casa. Feche bem, reforce e proteja janelas e portas. Fixe todos os objectos exteriores que possam ser arrastados, recolha cadeiras, mesas, toldos e guarda-sóis. Se tiver mesmo de ir à rua, mantenha a calma e abrigue-se em lugares seguros, não toque em cabos ou fios eléctricos, afaste-se de árvores, materiais suspensos com risco de queda e superfícies envidraçadas. Na estrada, limite a velocidade e redobre cuidados especialmente se conduz veículos longos ou com reboque. Não saia da viatura, feche vidros e ligue as luzes de sinalização, mantendo-se longe dos edifícios. Isso mesmo. Hoje é Dia Mundial do Vento e tudo pode acontecer... 

sábado, 23 de abril de 2022

Pessoas estranhas

E há aquele aviso, aquele pendurado nas vedações dos estaleiros de obras. Um aviso cheio de segurança, com capacete e botas de biqueira de aço, nem percebo como é que os trabalhadores morrem como tordos. E diz assim: "Proibida a entrada a pessoas estranhas". Na verdade costuma dizer "Proíbida", com acento analfabeto no primeiro i, mas a pentelhice gramatical não é para aqui chamada. A questão é: pessoas estranhas!? Homens com três braços e apenas um testículo, será? Mulheres com duas cabeças e sentença nenhuma? Eduardo Cabrita? José Castelo-Branco? Extraterrestres manetas em trânsito para Las Vegas? Cavaco Silva? Um escuteiro adulto? João Paulo Rebelo, boneco de ventriloquia que fazia de secretário de Estado da Juventude e do Desporto? Putin e seus oligarcas russos? Comunistas portugueses? Benfiquistas satisfeitos? José Sócrates? José "Joe" Berardo? Lá está: pessoas estranhas.
Dá-me para pensar cada uma...

terça-feira, 11 de maio de 2021

Se conduzir não conduza

Havia uma lei que proibia os condutores de falarem ao telemóvel... quando conduziam. Lembro-me disso. Agora há uma lei que obriga os condutores a escreverem e lerem mensagens, a tirarem e a verem fotografias, a actualizarem o Facebook, a consultarem a Wikipédia e a falarem ao telemóvel... quando conduzem. É assim, não é?

terça-feira, 25 de agosto de 2020

O segredo está na pasta

Nem no molho, nem na massa. O segredo está na pasta. Uma pasta de segurança, diplomática, confidencial, fechada a sete chaves.