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domingo, 15 de junho de 2025

Cuidado com as correntes de ar!

Evite sair de casa. Feche bem, reforce e proteja janelas e portas. Fixe todos os objectos exteriores que possam ser arrastados, recolha cadeiras, mesas, toldos e guarda-sóis. Vá para dentro! Se tiver mesmo de ir à rua, mantenha a calma e abrigue-se em lugares seguros, não toque em cabos ou fios eléctricos, afaste-se de árvores, materiais suspensos com risco de queda e superfícies envidraçadas. Na estrada, limite a velocidade e redobre cuidados especialmente se conduz veículos longos ou com reboque. Não saia da viatura, feche vidros e ligue as luzes de sinalização, mantendo-se longe dos edifícios. Isso mesmo. Pode não parecer, mas hoje é Dia Mundial do Vento. E, num dia assim, tudo pode acontecer...

P.S. - Hoje é Dia Mundial do Vento.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Vá para dentro!

Evite sair de casa. Feche bem, reforce e proteja janelas e portas. Fixe todos os objectos exteriores que possam ser arrastados, recolha cadeiras, mesas, toldos e guarda-sóis. Se tiver mesmo de ir à rua, mantenha a calma e abrigue-se em lugares seguros, não toque em cabos ou fios eléctricos, afaste-se de árvores, materiais suspensos com risco de queda e superfícies envidraçadas. Na estrada, limite a velocidade e redobre cuidados especialmente se conduz veículos longos ou com reboque. Não saia da viatura, feche vidros e ligue as luzes de sinalização, mantendo-se longe dos edifícios. Isso mesmo. Hoje é Dia Mundial do Vento e tudo pode acontecer... 

terça-feira, 15 de junho de 2021

O senhor do monte

Era uma alma sensível e só. Comovia-se com a natureza, conversava com o vento. Gostava de subir ao monte para ver as vistas. E ouvir as audições. E cheirar os olfactos...

P.S. - Hoje, 15 de Junho, é Dia Mundial do Vento.

O flato mágico

O peido é uma insofismável verdade da vida, tal como a morte e dois mais dois serem quatro, e quem disser o contrário é néscio. Ou mentiroso. Ou néscio e mentiroso. Ou mentiroso e néscio. E infeliz.
Infelizes, sim, os que nunca ouviram o Moisés a peidar-se pelo soleno da noite, ali para os lados da Feira das Galinhas, hoje parece-me que parque de estacionamento e Praceta Egas Moniz. Aquilo é que era um artista, um verdadeiro predestinado. O Moisés. Os peidos do Moisés, impõe-se que aqui se diga, eram poderosos como pragas, abriam mares, incendiavam sarças, escreviam lei na pedra, abanavam os alicerces da Igreja Nova, mesmo em frente, Deus nos perdoe. Os peidos do Moisés seriam hoje considerados e explorados e exportados como energia alternativa. Mas também eram mansos, melodiosos, trinados, sin-co-pa-dos, contidos, meditabundos, quase confidenciais. O Moisés solfista trabalhava, com efeito, em vários registos, um dos quais, de execução particularmente exigente, mezzo piano, chamava-se "rasgar chita" e costumava encerrar o concerto, com mais dois ou três encores. (O Moisés aceitava pedidos.) Os peidos do Moisés eram um tremendo êxito, embora infelizmente nunca tenha gravado e apenas actuasse para plateias restritas e altamente seleccionadas. Cumpre-me finalmente fazer notar que o sintetizador, tal como actualmente o conhecemos, ainda não tinha sido inventado...

P.S. - Publicado originalmente no dia 1 de Abril de 2020.

Uma questão de tempo

"Agora, infelizmente, é apenas uma questão de tempo", disse o médico. E continuou: "Para amanhã prevêem-se aguaceiros, em especial nas regiões Norte e Centro, vento forte nas terras altas, pequena descida de temperatura e agitação marítima forte na costa ocidental." 

Se dormir no chão, ponha capacete

Sempre gostei de me deitar no chão. Desde pequenino. O Verão em Fafe era um forno, e a nossa mãe punha-nos a dormir a sesta no chão da casa, não no chão estreme mas por cima de um cobertor fininho e fofo, e dormíamos como anjos de barriguinha ao léu. Porque o ar rasteiro é mais fresquinho, está provado cientificamente, e a nossa mãe sabia também disso, embora nunca tivesse ouvido falar de correntes de convecções, fluidos, átomos ou moléculas.
Habituei-me. Sempre que pude na vida, dormi a minha soneca no chão do campo, do monte e até da praia, se pela fresca da manhã. Casei e fui morar para a Foz, no Porto: a casa dos meus sogros tinha um quintal-jardim que era um mimo, e era ali que eu me estendia, no cimento do caminho ou na relva do coradoiro, em tardes e noites de suar em bica. Depois bebia uma ou duas garrafas de espadal frigorificadas e já estava em condições de ir para a cama...
Agora, há mais de trinta anos em Matosinhos, com o mar a passar na minha rua: agora custa-me a deitar, ainda por cima no chão, que me fica cada vez mais longe, e preciso de um guindaste para me levantar. Mas não resisto: de quando em quando dá-me para a toléria - é a idade -, ponho o capacete e, em quatro ou cinco movimentos muito complicados e perigosos, às vezes doze, consigo deitar-me no chão da sala, com muitos ais e uis pelo meio e a televisão ligada só para que o som me faça companhia. Às tantas a minha mulher entra, assusta-se e grita: - Ai, meu Deus, que ele morreu! Que é da motorizada?...
E eu, de olhos fechados e mãos cruzadas sobre o peito: - Morri, o caralho! Estou apenas deitado no chão. Chama a polícia, que a culpa foi do outro...

Mural da história: este calor será do tempo? Pinte-se!

P.S. - Publicado originalmente no dia 2 de Julho de 2017. 

O lavrador

- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- E o que é que tu percebes de agricultura?...