... e o canto dolente
da gente da terra,
monótono e longo,
findando-se em ais!
... e as noites tão longas,
cruzadas de luzes,
pejadas de gritos,
inçadas de cruzes!
cruzadas de luzes,
pejadas de gritos,
inçadas de cruzes!
... e o sol que requeima,
e a terra que arde,
e o eito escaldante
nas horas da tarde!
e a terra que arde,
e o eito escaldante
nas horas da tarde!
... e os olhos morenos,
nostálgicos, ternos,
que nele pousaram,
dormindo silentes!
nostálgicos, ternos,
que nele pousaram,
dormindo silentes!
Tudo acompanha o estrangeiro triste,
que, da popa do navio,
lança os olhos,
como mãos aflitas,
para a terra que some,
que some entre praias ardentes.
que, da popa do navio,
lança os olhos,
como mãos aflitas,
para a terra que some,
que some entre praias ardentes.
Saudade, por que acompanhas o
estrangeiro triste?
Por que o acompanhas aos países frios,
tu que moras nas terras tropicais?
Por que o acompanhas aos países frios,
tu que moras nas terras tropicais?
Saudade:
passageira da popa dos navios,
esperança que olha para trás...
passageira da popa dos navios,
esperança que olha para trás...
"Poemas Caboclos", Vinicius Meyer
(Vinicius Meyer nasceu no dia 27 de setembro de 1906. Morreu em 1954.)
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