segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Pedro Homem de Mello 4

Aleluia!

Dúvida? Não. Mas luz, realidade
e sonho que, na luta, amadurece:
o de tornar maior esta cidade,
eis o desejo que traduz a prece.


Só quem não sente o ardor da juventude
poderá vê-la de olhos descuidados,
Porto, palavra exacta, nunca ilude,

renasce nela a ala dos namorados!

Deram tudo por nós estes atletas,
seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos poetas…


Ó fé de que andam nossas almas cheias,

não há derrotas quando é firme o passo.
Ninguém fale em perder! Ninguém recua…
E a mocidade invicta em cada abraço
a si mais nos estreita. A pátria é sua.

E de hora a hora cresce o baluarte!

Lembro a Torre dos Clérigos às vezes…
Um anjo dá sinal quando ele parte…
São sempre heróis! São sempre portugueses!


E, azul e branca, essa bandeira avança…
Azul, branca, indomável, imortal.
Como não pôr no Porto uma esperança
se "daqui houve nome Portugal"?


Pedro Homem de Mello 

(Pedro Homem de Mello nasceu no dia 6 de Setembro de 1904. Morreu em 1984.) 

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