Silêncio!... não turbeis na paz da morte
Os manes que o Brasil quase esquecia!…
É tarde!... eis que espedaça a lousa fria
De um vulto venerando o braço forte!
Surgiu!... a majestade traz no porte,
Surgiu!... a majestade traz no porte,
Onde o astro da glória se irradia...
Vem, grande Andrada, adivinhaste o dia,
Vem juntar ao da pátria o teu transporte!
Recua?! Não se apressa em vir saudá-la,
Recua?! Não se apressa em vir saudá-la,
Cobre a fronte brilhante de heroísmo,
E soluça?... que tem?... Ei-lo que fala:
"Ó pátria, que eu salvei do despotismo!
"Ó pátria, que eu salvei do despotismo!
Só vejo a corrupção que te avassala,
Não te conheço!..." E se afundou no abismo!
Félix da Cunha
(Félix da Cunha nasceu no dia 16 de Setembro de 1833. Morreu em 1865.)
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