Foto Hernâni Von Doellinger |
Já aqui falei dele. Do indivíduo que andava pelas ruas das minhas redondezas à cata de piriscas e que, filho da puta, batia na companheira que lhe fazia o serviço. A franzina senhora desapareceu de cena. De tão sumária e submissa que me parecia, temo, sinceramente temo, que lhe tenha acontecido o pior, só para não atrapalhar. Mas o bronco continua por aí, agora solitário e sempre bandalho, enfim obrigado a vergar a mola se quer matar o vício. Com o encerramento coronavírico de cafés e restaurantes, no chão da porta dos quais costumava abastecer-se, a vida corre-lhe mal, e é o que lhe estimo.
Continua, portanto, às piriscas, no outro dia sem mais nem menos malcriou com a minha mulher, que não lhe liga mas tem medo dele, mais cedo ou mais tarde vou ter de lhe foder o focinho, ao porco. O indivíduo continua às piriscas, que fuma acto contínuo, mas, actualizado com os tempos da pandemia, anda de máscara. A máscara padece de evidentes sinais de que foi sacada ao lixo. Mas de máscara, o burgesso. É outra limpeza, outra segurança.
Hernâni chama-me que se a Polícia me permitir eu vou, só para ter o prazer de dar um murro nos cornos desse Filho da P***
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