Os sátiros
De corpos nus, por entre a espessa mata, o bando
Dos sátiros se interna em constante procura:
Ora um se adianta, além, na intrincada espessura,
E ora outro mais se afasta - olhos fitos, buscando...
Esse, que tem no lábio o rubescente e brando
E esplêndido frescor de uma fruta madura,
Abre o lábio a sorrir. Vendo aquele a frescura
De uma corrente, bebe a água que vai rolando...
Soa ao longe um rumor! O ardente bando, à espreita,
Aquieta-se. E por fim, loiras, nuas, aflantes,
Vêm as ninfas, a rir, descuidosas, sem vê-los...
E os sátiros, que à sombra esperavam na estreita
Passagem, de repente erguem-se - e os mais amantes
As prendem, lhes cingindo a cintura e os cabelos...
De corpos nus, por entre a espessa mata, o bando
Dos sátiros se interna em constante procura:
Ora um se adianta, além, na intrincada espessura,
E ora outro mais se afasta - olhos fitos, buscando...
Esse, que tem no lábio o rubescente e brando
E esplêndido frescor de uma fruta madura,
Abre o lábio a sorrir. Vendo aquele a frescura
De uma corrente, bebe a água que vai rolando...
Soa ao longe um rumor! O ardente bando, à espreita,
Aquieta-se. E por fim, loiras, nuas, aflantes,
Vêm as ninfas, a rir, descuidosas, sem vê-los...
E os sátiros, que à sombra esperavam na estreita
Passagem, de repente erguem-se - e os mais amantes
As prendem, lhes cingindo a cintura e os cabelos...
Américo Facó
(Américo Facó nasceu no dia 21 de Outubro de 1885. Morreu em 1953.)
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