quarta-feira, 1 de março de 2017

Alberto Osório de Castro

Crisântemas

Tão longe do Fúsi-no-Yama,
No nosso outono, as exiladas
Crisântemas da terra em chama,
Florescem em tardes geladas.

 
Do seu canto natal de flama
Ainda mal desacostumadas,
Florescem em tardes geladas,
Tão longe do Fúsi-no-Yama!

 
E uma noite negra de lama,
As que viam noites doiradas,
Caem nas charcas, desfolhadas...
Longe de tudo o que se chama,
Tão longe do Fúsi-no-Yama!


"Exiladas", Alberto Osório de Castro

(Alberto Osório de Castro nasceu no dia 1 de Março de 1868. Morreu em 1946.)

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