Celeste
 
É tão divina a angélica aparência 
e a graça que ilumina o rosto dela, 
que eu concebera o tipo de inocência 
nessa criança imaculada e bela. 
Peregrina do céu, pálida estrela, 
exilada na etérea transparência, 
sua origem não pode ser aquela 
da nossa triste e mísera existência. 
Tem a celeste e ingênua formosura 
e a luminosa auréola sacrossanta 
de uma visão do céu, cândida e pura. 
E quando os olhos para o céu levanta, 
inundados de mística doçura, 
nem parece mulher - parece santa.
(Adelino Fontoura nasceu no dia 30 de Março de 1859. Morreu em 1884.) 
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