O Expresso publicou há coisa de dois anos um interessante retrato de Florbela Guedes, a assessora de comunicação, chamemos-lhe assim, de Rui Rio. O semanário conta que ela é "a mulher mais poderosa do PSD", que ela é "a sombra e a extensão do próprio líder social-democrata", que é ela quem decide "quem fala em nome do PSD - e quando". Quer-se dizer: Florbela Guedes é a verdadeira patroa do PSD, portanto a patroa de Rui Rio. E lembrei-me...
Aqui há uns anos, alguns mais, durante a chatíssima presidência de Rui Rio na Câmara do Porto, os jornalistas foram chamados a acompanhar Sua Excelência numa visita à piscina municipal da Pasteleira. Decerto houvera melhoramentos, e Florbela Guedes lá estava a tomar conta. Das obras, do presidente e de nós. No decorrer da desinteressante conversa, e não me lembro a propósito de quê, Rio fez a extraordinária revelação de que não sabia nadar. Para mim, que ia pelo 24horas, já chegava. Na verdade o meu jornal tinha-me mandado lá para conferir se o cinzentão autarca portuense calçava meias da mesma cor, e de que cor, mas aquilo de não saber nadar, no pico de carreira dos Black Company e da campanha contra o afogamento das gravuras do Côa, saíra-me melhor do que a encomenda. Satisfeitos, pedimos a continha e pusemo-nos a andar sem pagar, eu mais o meu camarada da fotografia.
Ainda não tínhamos chegado à Junta de Lordelo do Ouro e já tocava o telemóvel do meu camarada da fotografia, por acaso amigo de infância de Rui Rio. Era a Florbela a dar-lhe o recado que me desse o recado que aquilo de Sua Excelência não saber nadar era a brincar, que ele uma vez até esteve quase a ser Tarzan num filme, que não era notícia, que não valia a pena, que não tinha jeito nenhum, que valha-me Deus! Eu, que também pensava que não era notícia, e confesso que nem ia escrever, resolvi então oferecer à Dra. Florbela Guedes, ex-jornalista, o mesmo tratamento que ela nos dispensava sistematicamente a nós, jornalistas, não nos atendendo sequer o telefone e fechando-nos todas as portas e janelas. Mandei-a por isso dar uma curva com os quatro piscas ligados e, em dois ou três históricos parágrafos, antológicos e imortais, denunciei ao mundo e arredores o escândalo do século - Rui Rio não sabe nadar, yo! -, que eu não sou para brincadeiras. E ia-me saindo o Pulitzer daquele ano...
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
A patroa de Rui Rio
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sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Golpe de estado, parecendo que não
Resolveu-se por um golpe de estado, mas com a máxima discrição. Queria-se uma coisa assim pelo soleno, a conta-gotas, parecendo que não, tipo estamos à espera dele e ele há que tempos! A sociedade Costa & Rio, Limitados tomou conta da empreitada. O Chega trata do resto.
terça-feira, 12 de maio de 2020
A patroa de Rui Rio
Foto Hernâni Von Doellinger |
O Expresso publicou há coisa de dois meses um interessante retrato de Florbela Guedes, a assessora de comunicação, chamemos-lhe assim, de Rui Rio. O semanário conta que ela é "a mulher mais poderosa do PSD", que ela é "a sombra e a extensão do próprio líder social-democrata", que é ela quem decide "quem fala em nome do PSD - e quando". Quer-se dizer: Florbela Guedes é a verdadeira patroa do PSD, portanto a patroa de Rui Rio. E lembrei-me...
Aqui há uns anos, durante a chatíssima presidência de Rui Rio na Câmara do Porto, os jornalistas foram chamados a acompanhar Sua Excelência numa visita à piscina municipal da Pasteleira. Decerto houvera melhoramentos, e Florbela Guedes lá estava a tomar conta. Das obras, do presidente e de nós. No decorrer da desinteressante conversa, e não me lembro a propósito de quê, Rio fez a extraordinária revelação de que não sabia nadar. Para mim, que ia pelo 24horas, já chegava. Na verdade o meu jornal tinha-me mandado lá para conferir se o cinzentão autarca portuense calçava meias da mesma cor, e de que cor, mas aquilo de não saber nadar, no pico de carreira dos Black Company e da campanha contra o afogamento das gravuras do Côa, saíra-me melhor do que a encomenda. Satisfeitos, pedimos a continha e pusemo-nos a andar sem pagar, eu mais o meu camarada da fotografia.
Ainda não tínhamos chegado à Junta de Lordelo do Ouro e já tocava o telemóvel do meu camarada da fotografia, por acaso amigo de infância de Rui Rio. Era a Florbela a dar-lhe o recado que me desse o recado que aquilo de Sua Excelência não saber nadar era a brincar, que ele uma vez até esteve quase a ser Tarzan num filme, que não era notícia, que não valia a pena, que não tinha jeito nenhum, que valha-me Deus! Eu, que também pensava que não era notícia, e confesso que nem ia escrever, resolvi então oferecer à Dra. Florbela Guedes o mesmo tratamento que ela nos dispensava sistematicamente a nós, jornalistas, não nos atendendo sequer o telefone e fechando-nos todas as portas e janelas. Mandei-a por isso dar uma curva com os quatro piscas ligados e, em dois ou três históricos parágrafos, antológicos e imortais, denunciei ao mundo e arredores o escândalo do século - Rui Rio não sabe nadar, yo! -, que eu não sou para brincadeiras. E ia-me saindo o Pulitzer daquele ano...
P.S. - Publicado originalmente no dia 3 de Março de 2020. O jornal 24horas nasceu em 1998 e morreu em 2010, um ano depois de os seus alegados responsáveis terem liquidado a Redacção do Porto, a sangue frio e pelas costas. Eram os primeiros dias de Maio quando nos despejaram no desemprego, e podem limpar as mãos à parede. Mas tinha piada o pasquim, que até chegou a ser bem feito, e é a bíblia do jornalismo que hoje se faz em Portugal.
terça-feira, 3 de março de 2020
A patroa de Rui Rio
O Expresso publicou neste fim-de-semana um interessante retrato de Florbela Guedes, a assessora de comunicação, chamemos-lhe assim, de Rui Rio. O semanário conta que ela é "a mulher mais poderosa do PSD", que ela é "a sombra e a extensão do próprio líder social-democrata", que é ela quem decide "quem fala em nome do PSD - e quando". Quer-se dizer: Florbela Guedes é a verdadeira patroa do PSD, portanto a patroa de Rui Rio. E lembrei-me...
Aqui há uns anos, durante a chatíssima presidência de Rui Rio na Câmara do Porto, os jornalistas foram chamados a acompanhar Sua Excelência numa visita à piscina municipal da Pasteleira. Decerto houvera melhoramentos, e Florbela Guedes lá estava a tomar conta. Das obras, do presidente e de nós. No decorrer da desinteressante conversa, e não me lembro a propósito de quê, Rio fez a extraordinária revelação de que não sabia nadar. Para mim, que ia pelo 24horas, já chegava. Na verdade o meu jornal tinha-me mandado lá para conferir se o cinzentão autarca portuense calçava meias da mesma cor, e de que cor, mas aquilo de não saber nadar, no pico de carreira dos Black Company e da campanha contra o afogamento das gravuras do Côa, saíra-me melhor do que a encomenda. Satisfeitos, pedimos a continha e pusemo-nos a andar sem pagar, eu mais o meu camarada da fotografia.
Ainda não tínhamos chegado à Junta de Lordelo do Ouro e já tocava o telemóvel do meu camarada da fotografia, por acaso amigo de infância de Rui Rio. Era a Florbela a dar-lhe o recado que me desse o recado que aquilo de Sua Excelência não saber nadar era a brincar, que ele uma vez até esteve quase a ser Tarzan num filme, que não era notícia, que não valia a pena, que não tinha jeito nenhum, que valha-me Deus! Eu, que também pensava que não era notícia, e confesso que nem ia escrever, resolvi então oferecer à Dra. Florbela Guedes o mesmo tratamento que ela nos dispensava sistematicamente a nós, jornalistas, não nos atendendo sequer o telefone e fechando-nos todas as portas e janelas. Mandei-a por isso dar uma curva com os quatro piscas ligados e, em dois ou três históricos parágrafos, antológicos e imortais, denunciei ao mundo e arredores o escândalo do século - Rui Rio não sabe nadar, yo! -, que eu não sou para brincadeiras. E ia-me saindo o Pulitzer daquele ano...
Aqui há uns anos, durante a chatíssima presidência de Rui Rio na Câmara do Porto, os jornalistas foram chamados a acompanhar Sua Excelência numa visita à piscina municipal da Pasteleira. Decerto houvera melhoramentos, e Florbela Guedes lá estava a tomar conta. Das obras, do presidente e de nós. No decorrer da desinteressante conversa, e não me lembro a propósito de quê, Rio fez a extraordinária revelação de que não sabia nadar. Para mim, que ia pelo 24horas, já chegava. Na verdade o meu jornal tinha-me mandado lá para conferir se o cinzentão autarca portuense calçava meias da mesma cor, e de que cor, mas aquilo de não saber nadar, no pico de carreira dos Black Company e da campanha contra o afogamento das gravuras do Côa, saíra-me melhor do que a encomenda. Satisfeitos, pedimos a continha e pusemo-nos a andar sem pagar, eu mais o meu camarada da fotografia.
Ainda não tínhamos chegado à Junta de Lordelo do Ouro e já tocava o telemóvel do meu camarada da fotografia, por acaso amigo de infância de Rui Rio. Era a Florbela a dar-lhe o recado que me desse o recado que aquilo de Sua Excelência não saber nadar era a brincar, que ele uma vez até esteve quase a ser Tarzan num filme, que não era notícia, que não valia a pena, que não tinha jeito nenhum, que valha-me Deus! Eu, que também pensava que não era notícia, e confesso que nem ia escrever, resolvi então oferecer à Dra. Florbela Guedes o mesmo tratamento que ela nos dispensava sistematicamente a nós, jornalistas, não nos atendendo sequer o telefone e fechando-nos todas as portas e janelas. Mandei-a por isso dar uma curva com os quatro piscas ligados e, em dois ou três históricos parágrafos, antológicos e imortais, denunciei ao mundo e arredores o escândalo do século - Rui Rio não sabe nadar, yo! -, que eu não sou para brincadeiras. E ia-me saindo o Pulitzer daquele ano...
sábado, 26 de outubro de 2019
Rui Rio e a legislatura
Rui Rio tem dúvidas de que a legislatura dure quatro anos. A legislatura tem dúvidas de que Rui Rio dure quatro meses.
sábado, 31 de agosto de 2019
Um Rio que é um oceano, Pacífico
Rui Rio, líder do PSD em exercício, fez soar solenemente os olifantes, pediu um megafone, pôs o som no máximo com assobios, disse um-dois-três-quatro-um-dois-experiência-chape-chape, e a seguir gritou e esperneou anunciando, da parte da sua pessoa, uma campanha eleitoral com "mais conteúdo e menos gritaria". Rio, pacífico de contrafacção e oceano de contradições, prometeu um novo discurso, um discurso com mais "moderação, equilíbrio e racionalidade". E depois riu-se. E o megafone estava ligado.
P.S. - De acordo com a CMTV, a forma correcta de dizer contrafacção é contrafacturação.
P.S. - De acordo com a CMTV, a forma correcta de dizer contrafacção é contrafacturação.
domingo, 18 de agosto de 2019
Rio e o elefante
Olha, finalmente Rui Rio fala do que sabe: do elefante na sala que parte tudo. Pelo menos é o que dizem os ajuntadores de cacos do PSD.
P.S. - O Rio dos Elefantes nasce na África do Sul e desagua no Limpopo, já em Moçambique. Mede, segundo as últimas contas, 560 quilómetros, menos um do que Portugal continental, o que há-de querer dizer qualquer coisa, mas eu não sei o quê.
P.S. - O Rio dos Elefantes nasce na África do Sul e desagua no Limpopo, já em Moçambique. Mede, segundo as últimas contas, 560 quilómetros, menos um do que Portugal continental, o que há-de querer dizer qualquer coisa, mas eu não sei o quê.
domingo, 28 de julho de 2019
Kits marados, golas inflamáveis e outras tolérias
O mal dos incêndios dominados é que não gostam que lhes chamem isso:
dominados. É uma questão de orgulho macho. E então arrebitam e continuam
a
arder lampeiramente uma semana depois de terem sido decretados dominados
aos microfones da CMTV, e a CMTV fica toda contente, porque a CMTV é do
ramo do sarrabulho e do fumeiro - disso vive, em lume brando. Os
oficiais da Protecção Civil, doutores da mula ruça porém pessoas muito
honradas e de boina, que antes deste rico emprego nunca tinham posto os
pés num incêndio, tiraram um
curso relâmpago de Teatro de Operações, Forças no Terreno, Frentes
Activas, Meios Aéreos & Pontos de
Ignição e gostam de dar na televisão: o mais que dizem é que os
incêndios de manhã, se não estão já dominados, vão entregar-se às
autoridades a meio da tarde. Os oficiais da Protecção Civil e os
políticos que os pariram inventaram um novo dicionário,
especializaram-se em semântica, graduaram-se em eufemística e falam
muito do que sabem nada...
(Minúsculo esclarecimento, provavelmente desnecessário para o cidadão comum: Teatro de Operações, vulgo TO.)
Os bombeiros estão lá no centro do vulcão a derreter, mas a eles agora ninguém lhes pode perguntar. E ainda bem, porque lá dentro faz muito calor e o calor dilata os copos. O senhor da boina no camião de Fórmula 1 com ar condicionado é que sabe, e bebe águas das pedras. Geladas. E há briefings bidiários com groselha.
Quando o monte ardia, os bombeiros iam. Os bombeiros voluntários. Naquele tempo ninguém sequer sonhava ganhar dinheiro por fazer de conta que apaga incêndios - eram uns tolos. Não havia rede, satélites, parabólicas ou fibra óptica, ainda não havia radiotelefones ao serviço, os telemóveis ainda não tinham sido inventados e nem sequer havia cabinas telefónicas nos montes. Parece impossível, mas lá em cima, no meio da penedia e das giestas, no Portugal das cabras e dos cabrões, não havia telefone de espécie nenhuma. E não havia SIRESP, graças a Deus. Que se segue: se eram precisos reforços, alguém vinha de motorizada dar o recado ao quartel. Ou por outra: o SIRESP vinha de motorizada. Ou por outra: o SIRESP era a motorizada.
O mal dos incêndios dominados é que não gostam que lhes chamem isso: dominados. Freud explicaria muito melhor do que eu, mas eu, de momento, não tenho o Freud aqui à mão e perdi-lhe o número do telemóvel. Por outro lado, os incêndios estão desgostosos por lhes terem trocado o nome e mudado o objecto social. Objecto social, sim: o fogo é hoje em dia um negócio como outro qualquer - como a guerra, como a droga ou como a cirurgia plástica, por exemplo -, com múltiplas plataformas de exploração e sinergias que não param de exponenciar-se, a jusante e a montante, um extraordinário negócio que distribui transversalmente milhões e milhões e milhões de euros ou dólares consoante o paraíso, uma indústria em que todos ganham e em que apenas Portugal e os portugueses do rés-do-chão ficamos a perder.
Chamavam-se fogos antigamente e eram para apagar. Exactamente, fogos. E para apagar. Velhos tempos, coisas simples: Portugal ardia menos e não havia tanto teatro... de operações.
P.S. - O Governo comprou o SIRESP por sete milhões de euros. PCP e CDS, e o PSD a reboque, chamaram ao Parlamento os ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Economia, Pedro Siza Vieira, para que os alegados governantes lhes expliquem a matreira engenharia do negócio. A grande preocupação deles - do PCP e do CDS e, que remédio, do PSD - é que, hoje em dia, sete milhões não chegam sequer para contratar um defesa esquerdo que não tropece no pé direito. Então, como é que foi possível a jigajoga do SIRESP por dez réis de mel coado?...
P.S. 2 - E agora o escândalo dos kits e das golas inflamáveis que afinal não são mas são outra coisa. As negociatas, as famílias, a pouca-vergonha e honra nenhuma. O Governo diz que a culpa é da Protecção Civil e a Protecção Civil diz que a culpa é do Governo. E eu pensava que a Protecção Civil era do Governo. O escusado Jaime Marta Soares, redundante presidente da Liga dos Bombeiros, diz que a culpa é da Protecção Civil, e eu pensava que os bombeiros eram Protecção Civil. Rui Rio, desgraçado líder do PSD, quer que o Ministério Público investigue. Assunção Cristas, líder catita do CDS, foi ao cabeleireiro. E eu exijo que os bombeiros pessoas sejam ignífugos desde pequeninos.
(Minúsculo esclarecimento, provavelmente desnecessário para o cidadão comum: Teatro de Operações, vulgo TO.)
Os bombeiros estão lá no centro do vulcão a derreter, mas a eles agora ninguém lhes pode perguntar. E ainda bem, porque lá dentro faz muito calor e o calor dilata os copos. O senhor da boina no camião de Fórmula 1 com ar condicionado é que sabe, e bebe águas das pedras. Geladas. E há briefings bidiários com groselha.
Quando o monte ardia, os bombeiros iam. Os bombeiros voluntários. Naquele tempo ninguém sequer sonhava ganhar dinheiro por fazer de conta que apaga incêndios - eram uns tolos. Não havia rede, satélites, parabólicas ou fibra óptica, ainda não havia radiotelefones ao serviço, os telemóveis ainda não tinham sido inventados e nem sequer havia cabinas telefónicas nos montes. Parece impossível, mas lá em cima, no meio da penedia e das giestas, no Portugal das cabras e dos cabrões, não havia telefone de espécie nenhuma. E não havia SIRESP, graças a Deus. Que se segue: se eram precisos reforços, alguém vinha de motorizada dar o recado ao quartel. Ou por outra: o SIRESP vinha de motorizada. Ou por outra: o SIRESP era a motorizada.
O mal dos incêndios dominados é que não gostam que lhes chamem isso: dominados. Freud explicaria muito melhor do que eu, mas eu, de momento, não tenho o Freud aqui à mão e perdi-lhe o número do telemóvel. Por outro lado, os incêndios estão desgostosos por lhes terem trocado o nome e mudado o objecto social. Objecto social, sim: o fogo é hoje em dia um negócio como outro qualquer - como a guerra, como a droga ou como a cirurgia plástica, por exemplo -, com múltiplas plataformas de exploração e sinergias que não param de exponenciar-se, a jusante e a montante, um extraordinário negócio que distribui transversalmente milhões e milhões e milhões de euros ou dólares consoante o paraíso, uma indústria em que todos ganham e em que apenas Portugal e os portugueses do rés-do-chão ficamos a perder.
Chamavam-se fogos antigamente e eram para apagar. Exactamente, fogos. E para apagar. Velhos tempos, coisas simples: Portugal ardia menos e não havia tanto teatro... de operações.
P.S. - O Governo comprou o SIRESP por sete milhões de euros. PCP e CDS, e o PSD a reboque, chamaram ao Parlamento os ministros da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Economia, Pedro Siza Vieira, para que os alegados governantes lhes expliquem a matreira engenharia do negócio. A grande preocupação deles - do PCP e do CDS e, que remédio, do PSD - é que, hoje em dia, sete milhões não chegam sequer para contratar um defesa esquerdo que não tropece no pé direito. Então, como é que foi possível a jigajoga do SIRESP por dez réis de mel coado?...
P.S. 2 - E agora o escândalo dos kits e das golas inflamáveis que afinal não são mas são outra coisa. As negociatas, as famílias, a pouca-vergonha e honra nenhuma. O Governo diz que a culpa é da Protecção Civil e a Protecção Civil diz que a culpa é do Governo. E eu pensava que a Protecção Civil era do Governo. O escusado Jaime Marta Soares, redundante presidente da Liga dos Bombeiros, diz que a culpa é da Protecção Civil, e eu pensava que os bombeiros eram Protecção Civil. Rui Rio, desgraçado líder do PSD, quer que o Ministério Público investigue. Assunção Cristas, líder catita do CDS, foi ao cabeleireiro. E eu exijo que os bombeiros pessoas sejam ignífugos desde pequeninos.
domingo, 7 de julho de 2019
Por outro lado, Rui Rio é FDP
Rui Rio
foi ontem ao tribunal. Os tribunais ficam de graça ao País e não têm
mais nada que fazer, de forma que a Justiça resolveu matar o tempo à
procura da seguinte verdade, somente a verdade e nada mais do que a
verdade: dizer que Rio é um FDP é chamar "filho da puta" ao presidenta
da Câmara Municipal do Porto ou, como se fôssemos todos tolos, apenas um
remoque ao facto de o autarca anti-FCP ser um "fanático dos popós"?
Rui Rio garante que é "filho da puta", até porque não se considera "fanático dos popós". "Nunca ouvi esse disparate", afirmou Rio à juíza, sem mais delongas, enquanto ajustava o volume do sonotone. E aqui é que ele se espalhou. Porque toda a gente sabe, até a Justiça, o que é que o outro lhe quis chamar com a falsa pichagem do FDP na fachada do Mercado do Bolhão. Isso é uma coisa. Coisa feia, garotice. Outra coisa é que o presidente da Câmara do Porto é mesmo "fanático dos popós". Rui Rio nunca o escondeu até ontem, pelo contrário, toda a gente sabe e diz. E se FDP pode ser isso dos automóveis, então Rio é.
(P.S. - Texto publicado no Tarrenego! no dia 4 de Agosto de 2012. Mais achas para a fogueira, aqui.)
Rui Rio garante que é "filho da puta", até porque não se considera "fanático dos popós". "Nunca ouvi esse disparate", afirmou Rio à juíza, sem mais delongas, enquanto ajustava o volume do sonotone. E aqui é que ele se espalhou. Porque toda a gente sabe, até a Justiça, o que é que o outro lhe quis chamar com a falsa pichagem do FDP na fachada do Mercado do Bolhão. Isso é uma coisa. Coisa feia, garotice. Outra coisa é que o presidente da Câmara do Porto é mesmo "fanático dos popós". Rui Rio nunca o escondeu até ontem, pelo contrário, toda a gente sabe e diz. E se FDP pode ser isso dos automóveis, então Rio é.
(P.S. - Texto publicado no Tarrenego! no dia 4 de Agosto de 2012. Mais achas para a fogueira, aqui.)
sábado, 15 de junho de 2019
O Moreira da Silva dos plásticos
Fui à peixaria. Pedi meio quilo de fanecas e a senhora meteu-mas num
saco plástico; pedi meio quilo de lulas e a senhora meteu-mas num saco
plástico; pedi dois carapaus e a senhora meteu-mos num saco plástico;
pedi meia dúzia de marmotinhas e a senhora meteu-mas num saco plástico;
pedi uma mão-cheia de petinga e e senhora meteu-ma num saco plástico;
pedi uma solha e a senhora meteu-ma num saco plástico. A senhora:
- Que mais?
- É tudo.
- Quer um saco?
- Como sempre.
- São dez cêntimos.
- Este peixe todo?
- O saco é que custa dez cêntimos.
- Porquê?
- Porque é de plástico.
- E?
- É para proteger o ambiente.
- E os seis saquinhos com o peixe?
- São de graça.
- Não são de plástico?
- São.
- E só o sétimo é que prejudica?
- Não sei. Pergunte ao Moreira da Silva.
P.S. - Jorge Moreira da Silva é do PSD. Foi ministro do Ambiente no tempo de Pedro Passos Coelho e, em 2015, pôs os sacos de plástico a pagar imposto, com um sucesso que só visto. Moreira da Silva está de volta, depois da desgraça que foram os resultados sociais-democratas nas últimas Europeias. Espera que o partido "mude de vida" e de líder, e pôs-se na fila para substituir Rui Rio, que evidentemente deve demitir-se. Entre o Rio dos popós e o da Silva dos plásticos, o PSD continuará muito bem servido.
- Que mais?
- É tudo.
- Quer um saco?
- Como sempre.
- São dez cêntimos.
- Este peixe todo?
- O saco é que custa dez cêntimos.
- Porquê?
- Porque é de plástico.
- E?
- É para proteger o ambiente.
- E os seis saquinhos com o peixe?
- São de graça.
- Não são de plástico?
- São.
- E só o sétimo é que prejudica?
- Não sei. Pergunte ao Moreira da Silva.
P.S. - Jorge Moreira da Silva é do PSD. Foi ministro do Ambiente no tempo de Pedro Passos Coelho e, em 2015, pôs os sacos de plástico a pagar imposto, com um sucesso que só visto. Moreira da Silva está de volta, depois da desgraça que foram os resultados sociais-democratas nas últimas Europeias. Espera que o partido "mude de vida" e de líder, e pôs-se na fila para substituir Rui Rio, que evidentemente deve demitir-se. Entre o Rio dos popós e o da Silva dos plásticos, o PSD continuará muito bem servido.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Os putativos 4
"Era hipócrita se dissesse que não penso nas presidenciais", disse Rui Rio, no Porto, e compreendo-o perfeitamente. Eu próprio seria hipócrita se dissesse que não penso nas presidenciais.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Os putativos
Acabado de chegar de Alcácer Quibir, Rui Rio disse em Gondomar: "Eu não sou nenhum D. Sebastião".
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Porto, minha Havana à beira-Douro
Foto Hernâni Von Doellinger |
Quando um jornalista estrangeiro dá um peido sobre Portugal num sítio qualquer - sentado num penico ou sentado exactamente num site, como dizem os camones -, Portugal cora e pede desculpa. O penico ecoa e o sítio também - a nossa vergonha é imensa, embora o cu seja alheio.
Terá vindo ao Porto um tal de Nigel Cassidy, parece que por conta do site BBC News Business, e acabou por descobrir a pólvora: o Porto tem lojas fechadas e quarteirões inteiros de casas abandonadas. Pior, muito pior do que isso, há mulheres que lavam a roupa nos tanques das Fontainhas, indesmentível e intolerável sinal de que há gente sem emprego, com contas de energia por pagar e sem meios para substituir a máquina de lavar avariada.
Ora bem. Eu não sei se o senhor Nigel Cassidy percebe alguma coisa de máquinas de lavar avariadas. Se por acaso perceber, agradeço que passe cá por casa, que tenho uma a verter há mais de dez anos. Mas de tanques públicos o alegado repórter não percebe nada, isso digo-lho eu, nem percebe do que são os tanques públicos no Porto e no Norte. E também não percebeu nada do Porto nem de Portugal.
Deu-lhe jeito, ao tal Nigel Cassidy, fazer da cidade do Porto o caso exemplar "da crise que assola o País", como muito bem explica o nosso jornal Público, que também nunca perde pitada destas merdas em inglês. Deu jeito ao bife e deu jeito aos seus xerpas canhotos, mas estão todos tão enganados.
O Porto não começou a ser o buraco negro que é por causa "do programa de ajustamento imposto pelo resgate financeiro de Portugal". A cidade do Porto não desapareceu de repente há dois anos e meio, num estalar de dedos da troika. Não. O Porto abandonou-se, mudou-se para Lisboa há décadas e o pobre Porto que ficou para trás teve Rui Rio durante doze anos. Queriam agora o quê?
Esta gente fala da "crise" como quem fala de folclore. Deixem-me rir, ó Nigel e arquitectos militantes, mas esta história não é vossa. Quando quiserem falar da crise, perguntem a quem sabe, a quem se lava no tanque. O Porto é uma "Detroit europeia", uma "mini-Havana", é o que dizem? Melhor para mim, que não tenho dinheiro para ir para fora.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Quando os Tonys eram de Matos
Foto Hernâni Von Doellinger |
Os lisboetas vão regressar amanhã às suas raízes mais profundas. Às berças. Aos campos do Minho, de Trás-os-Montes, das Beiras, do Alentejo ou dos Algarves de onde partiram há duas ou três gerações, de cajado ao ombro e saca com a merenda. Quer-se dizer: embora o ignorem, os lisboetas são tão parolos como os outros parolos todos. Lisboa já não diferencia. Faz cada vez mais parte do resto que é paisagem neste país que não existe.
Vai ser servido aos lisboetas, amanhã, um megapiquenique a que o analfabetismo chama "Mega Pic Nic". Um arraial dos antigos que promete recriar, em plena Avenida da Liberdade, o "espírito do campo", o "ambiente de uma grande quinta", com o objectivo - acrescentam os organizadores - de "chamar a atenção dos portugueses para a importância do apoio à produção nacional".
Os lisboetas, que são parolos mas não se lembram, vão poder (re)aprender, por exemplo, que o leite não nasce em pacotes, que as galinhas estão vivas antes de estarem mortas (a senhora dona Lili Caneças poderá explicar o fenómeno), que os ovos só podem ser produzidos com aquele feitio ou que o bife não é um animal, pelo menos um animal completo.
O anúncio televisivo do evento promete tudo isto e muito mais. Garante uma espécie de circo rural onde não vão faltar as vacas e os cavalos, os patos e os gansos, as ovelhas e os porcos, os frangos do Roberto e até
macacos de imitação. Exactamente. Está o trânsito todo escangalhado no Porto e em Matosinhos, este fim-de-semana, por causa das corridas de carrinhos do menino Rui Rio, e logo Lisboa resolve também semear o caos no seu centro mais central. (A parolice é mesmo assim, contagia, multiplica-se. Lisboa sofre de um acelerado processo de parolização.)
Nada, no entanto, que desmobilize os lisboetas, tenho a certeza. Lá estarão amanhã, milhares e milhares deles, entusiasmados até mais não com a novidade, fresquinha e ao vivo, das cores, dos sabores e dos aromas do campo. Mas sobretudo o que eles vão é ao cheiro do concerto do Tony Carreira. À borla. Tony Carreira apresentado aos lisboetas como "o melhor da música portuguesa"...
Ora bem. Honra lhe seja, Tony Carreira é um profissionalão, provavelmente o melhor do seu ofício, mas não é "o melhor da música portuguesa". Entendamo-nos: por mais multidões que congregue, por mais corações que despedace, Tony Carreira é apenas um cantor romântico com imeeeeeenso sucesso. Mas a música portuguesa é... outra coisa.
Apesar de tudo, que diferente era Lisboa no tempo em que os Tonys eram de Matos...
_
Texto escrito e publicado no dia 17 de Junho de 2011. E repetido no dia 10 de Maio de 2012. Sempre Tony, sempre actual. Já agora: descubra o actual que há em si. (Ver e ouvir)
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Quereis livros? Tomai lá carros!
Tenho um amigo que era um ferrinho na Feira do Livro do Porto. Para ele, aqueles quinze dias eram sagrados - reservados e ansiosamente esperados desde o fim da edição anterior. Todos os dias lá ia, o meu amigo: palestras, sessões de autógrafos, sessões de leitura, lançamentos, conferências, debates, horas do conto, teatrinhos e cantigas, topava a tudo. E todos os dias comprava um livro, pelo menos um. Não sei se também roubava, acho que já não, mas roubar livros também faz parte. O meu amigo, ele próprio praticamente escritor, era o sócio n.º 1 da Feira do Livro do Porto, de lugar cativo e ao longe, um discreto Emplastro a quem a organização do evento deveria ter singela e significativamente homenageado enquanto podia. Agora não pode, porque não há Feira do Livro do Porto.
E o meu amigo? O meu amigo comprou bilhetes para os dois fins-de-semana das corridas da Boavista. E está bem contente. Vrooom!...
E o meu amigo? O meu amigo comprou bilhetes para os dois fins-de-semana das corridas da Boavista. E está bem contente. Vrooom!...
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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Circuito da Boavista: eles aí estão outra vez
Para o bem e para o mal, os carrinhos de Rui Rio estão aí outra vez. De 21 a 23 de Junho, os históricos; de 28 a 30 de Junho, o WTCC. E este ano as corridas são trilingues: os automóveis aceleram em português, em inglês e em espanhol (eu sei que é castelhano), como se pode verificar no cartaz arriba. O galego estava aqui muito mais à mão, mas o que é que se há-de fazer?
Programa e toda a informação, aqui.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Estou mesmo a ver o filme 4
Foto Hernâni Von Doellinger |
António Costa, presidente da Câmara de Lisboa e co-líder do PS, defende a regionalização como forma de "aproximar o poder das pessoas" e num contexto de "reforma do Estado". Rui Rio, ex-vice do PSD e de saída da Câmara do Porto, diz apenas que o "debate" é possível, mas... sem "paixões".
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Menos uma dor de cabeça para Menezes
Luís Filipe Menezes recebeu ontem apoio total da concelhia do Porto do PSD para ser o candidato do partido à Câmara da Invicta. Um apoio unânime que não tinha outro remédio e que a Menezes fazia tanta falta como uma viola num enterro: o actual presidente da Câmara de Gaia já tinha avisado que atravessaria a ponte e concorreria à Ribeira do lado de cá, "em toda e qualquer circunstância". Era uma "decisão irrevogável", o PSD que se amanhasse. E amanhou.
Quanto a Rui Rio, engole o sapo e limpa a mesa e gavetas antes de sair. Honra lhe seja, o futuro ex-presidente da Câmara do Porto está a procurar arrumar a casa e resolver os dossiês mais bicudos da autarquia, para poder entregar ao seu sucessor uma herança leve como uma pena. Inimigos, inimigos, políticas à parte.
Por exemplo: lembram-se daquela mega-avenida inventada por Rui Rio em 2007 e que nunca mais saiu do papel nem vai a lado nenhum? A famigerada Avenida Nun'Álvares sobre a qual já aqui escrevi? Pois bem: pode ter passado despercebido à maioria dos portuenses, mas a verdade é que o assunto foi finalmente resolvido. A Avenida Nun'Álvares já não é um problema no Porto. Rui Rio mudou a placa. Agora chama-se Avenida D. Pedo IV.
Quanto a Rui Rio, engole o sapo e limpa a mesa e gavetas antes de sair. Honra lhe seja, o futuro ex-presidente da Câmara do Porto está a procurar arrumar a casa e resolver os dossiês mais bicudos da autarquia, para poder entregar ao seu sucessor uma herança leve como uma pena. Inimigos, inimigos, políticas à parte.
Por exemplo: lembram-se daquela mega-avenida inventada por Rui Rio em 2007 e que nunca mais saiu do papel nem vai a lado nenhum? A famigerada Avenida Nun'Álvares sobre a qual já aqui escrevi? Pois bem: pode ter passado despercebido à maioria dos portuenses, mas a verdade é que o assunto foi finalmente resolvido. A Avenida Nun'Álvares já não é um problema no Porto. Rui Rio mudou a placa. Agora chama-se Avenida D. Pedo IV.
Foto Hernâni Von Doellinger |
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sábado, 4 de agosto de 2012
Por outro lado, Rui Rio é FDP
Rui Rio foi ontem ao tribunal. Os tribunais ficam de graça ao País e não têm mais nada que fazer, de forma que a Justiça resolveu matar o tempo à procura da seguinte verdade, somente a verdade e nada mais do que a verdade: dizer que Rio é um FDP é chamar "filho da puta" ao presidenta da Câmara Municipal do Porto ou, como se fôssemos todos tolos, apenas um remoque ao facto de o autarca anti-FCP ser um "fanático dos popós"?
Rui Rio garante que é "filho da puta", até porque não se considera "fanático dos popós". "Nunca ouvi esse disparate", afirmou Rio à juíza, sem mais delongas, enquanto ajustava o volume do sonotone. E aqui é que ele se espalhou. Porque toda a gente sabe, até a Justiça, o que é que o outro lhe quis chamar com a falsa pichagem do FDP na fachada do Mercado do Bolhão. Isso é uma coisa. Coisa feia, garotice. Outra coisa é que o presidente da Câmara do Porto é mesmo "fanático dos popós". Rui Rio nunca o escondeu até ontem, pelo contrário, toda a gente sabe e diz. E se FDP pode ser isso dos automóveis, então Rio é.
(A propósito: a Federação Internacional do Automóvel anunciou o calendário para 2013 do campeonato WTCC. E as corridas estão de volta à Avenida da Boavista.)
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domingo, 10 de junho de 2012
O que Rui Rio diz e o que quer dizer
Rio só quis apontar os faróis para Menezes e para a alegada má gestão autárquica do lado de lá das pontes. O que Rio acha é que quem, segundo o seu juízo, faz fraca figura num sítio não merece ir tentar a sorte noutro. Rio até desafiou o partido: "Estou para ver se o PSD, nas autárquicas, vai ser coerente e deixa de apoiar quem geriu mal". Quem geriu mal, estão a perceber? Me-ne-zes, estão a perceber?, disse Rio sem dizer. Não sei onde é que está a confusão.
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