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domingo, 18 de maio de 2025

Eu não lhe admito, senhor deputado!

- Eu não admito que o senhor deputado diga que eu disse isso, senhor deputado!
- Então o que é que o senhor deputado disse, senhor deputado?
- Eu disse aquilo, senhor deputado.
- Aquilo, senhor deputado? E só agora é que o senhor deputado diz isso, senhor deputado?
- Eu não admito que o senhor deputado diga que eu disse isso, senhor deputado!

Relativamente a essa matéria

- Relativamente a essa matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente a essa matéria.
- E relativamente à outra matéria, senhor primeiro-ministro?
- Relativamente à outra matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente à outra matéria.
- Bem me parecia, senhor primeiro-ministro!
- Ainda bem que nos entendemos, senhor deputado!

sábado, 17 de maio de 2025

Reflexão ou refluxo?

Hoje é dia de reflexão tendo em vista o acto eleitoral de amanhã. Mais um. Mais um acto eleitoral e mais um dia de reflexão. E um dia assim não podia ser mais oportuno nem de maior utilidade. Sobretudo para as pessoas que, como eu, votaram no passado domingo.

domingo, 4 de maio de 2025

Cuidado com as carteiras!

Os carteiristas. Perdoem-me que volte ao assunto, mas a verdade é que não saímos disto, de eleições, umas atrás das outras, como se Portugal não tivesse mais nada que fazer. E diz que hoje começa a campanha eleitoral. Os carteiristas, portanto. Para quem não saiba, passo a informar e é de graça: os carteiristas são presença habitual, diria até obrigatória, nas campanhas eleitorais. Fazem parte. Sim, os carteiristas! Sorrateiros como uma corrente de ar, rápidos como um piscar de olhos, trabalham aos pares, às vezes em trio, organizados, distribuindo tarefas, exponenciando sinergias, intercomunicando-se via telemóvel, tomando conta das costas uns dos outros, de bandeira ao ombro e autocolante na lapela, fazendo-se passar por militantes ou simpatizantes, acompanhando as caravanas em todas as paragens e aproveitando-se das feiras, dos mercados, das arruadas mais frequentadas ou comícios de maior aperto para então, como quem não quer a coisa, dar livre curso à insustentável arte do gesto leve. Sim senhor, os carteiristas! Eles andam por aí. Como se já não bastassem os políticos propriamente ditos.

P.S. - Números. A PSP deteve 149 carteiristas no ano passado, o que representa um aumento de 43 por cento em relação a 2023. Sobre o número de crimes de furto por carteiristas, a Polícia registou 5.762 ocorrências em 2024, uma média de cerca de 16 crimes por dia, mais 11 por cento do que no ano anterior. Nas eleições para a Assembleia da República vão ser eleitos 230 deputados.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

O PSD e o negócio das casas

Quem é que no PSD - do Governo ao Parlamento, passando pelas autarquias - não é dono ou sócio de pelo menos uma empresa imobiliária? Se houver alguém, que se acuse.

Por outro lado. O problema da habitação em Portugal não precisa de ser tratado a nível de Governo ou na Assembleia da República. Basta convocar um congresso extraordinário do PSD, e resolve-se o assunto.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

A saudação nazi

A saudação nazi que o impagável deputado Arruda fez ontem no Parlamento não foi, como dizem, uma saudação nazi. Foi, isso sim, uma saudação nazi, disse ele, quando repetiu.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Bombistas de secretaria

"... o MDLP estava compartimentado. Havia uma parte política, o gabinete político que fazia análise política diária para o general Spínola. Havia as FAE [Forças de Ação Externa] que estavam preparadas para o caso de as coisas correrem mal e haver uma tomada de poder por parte do Partido Comunista ou da extrema-esquerda ou de ambos, então era uma reserva de intervenção. E havia a RAI (Rede de Ação Interna) que cobria o território a nível distrital, recolhia informações e aquelas que interessavam à parte militar mandavam para a parte militar e aquelas que interessavam à parte política mandavam para o gabinete político e depois, digamos, era encaminhado para o general Spínola."
Ninguém diria que o bando de bombistas sacristas de 1975-1976 era uma organização assim tão excel, tão parcimoniosa e higiénica, após 566 acções violentas e mais de uma dezena de mortes, 123 assaltos a sedes de partidos de esquerda, 116 ataques bombistas, 31 incêndios, 8 atentados a tiro, 8 espancamentos e 6 apedrejamentos, de acordo sobretudo com a Wikipédia, mas foi desta maneira singela que Diogo Pacheco de Amorim apresentou a coisa, este fim-de-semana, numa aprazível entrevista à rádio TSF.
Diogo Pacheco de Amorim é o ideólogo do partido Chega, deputado da Nação e vice-presidente da Assembleia da República. Foi, no MDLP, do tal "gabinete político" e não admite que digam que sabia das bombas. Estava na secretaria, valha-me Deus...
Lembro-me do Pacheco de Amorim, jovem jornalista e todo menino-bem, naquele seu andar armante mas decidido, vigoroso, passeando ou talvez marchando pelos corredores de O Primeiro de Janeiro, em Santa Catarina, e eu a pensar, fino como um alho e se calhar invejoso, "este tipo vai longe, ainda vai rebentar", e meu dito meu feito. Diz que lhe deram um carro no Parlamento e até tem motorista.

P.S. - Apontei e publiquei isto no passado dia 1, não se sabia das horas extraordinárias. Repito, portanto, e espero que a culpa não seja outra vez do motorista. 

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Passos Perdidos ou Triângulo das Bermudas?

O Parlamento é uma casa de assombros. É assim uma espécie de Cova de Iria ou, vá lá, de Entroncamento, mas em Lisboa e em caro. No nosso Parlamento acontecem os mais variados e extraordinários espantos, a maioria dos quais, porém, não transpira cá para fora, porque o Parlamento, por norma, não transpira, mas também derivado ao segredo de Estado e, em muito raros casos, à vergonha na cara. O mais certo é que no Parlamento haja muita merda abafada, isto é, classificada. Por isso, o que às vezes vaza cá para fora, quando vaza, mete um bocado de nojo, mas é de rir.
Lembram-se, aqui há uns anos? Um documento de 36 páginas com a actualização do Plano Nacional de Reformas ficou esquecido mais de 40 dias na gaveta da então presidente da Assembleia da República, a jovem aposentada Assunção Esteves. Isso, quarenta dias, como Jesus no deserto. O documento tinha sido enviado pelo Governo, também do PSD, chefiado por Pedro Passos Coelho, e já não me lembro como é que se soube do fenómeno. Uma coisa é certa, três dias antes, quatro deputados socialistas da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN estiveram desaparecidos durante cerca de dez horas, deixando sozinha na sala e entregue aos bichos a camarada Ana Catarina Mendes. Após aturadas e angustiantes buscas, Basílio Horta, Pedro Delgado Alves, Pedro Nuno Santos, esse exactamente, e Hortense Martins acabaram por ser encontrados, vivos e livres de perigo, graças a Deus.
Sim, sobreviveram todos!...

P.S. - Hoje é Dia Internacional de Falar Como Um Pirata.

domingo, 19 de maio de 2024

E quem diz turcos...

E quem diz os turcos, diz Deus, que precisou de seis dias para criar o mundo. Seis dias, porra, e era Deus! O Ventura faz isso em dia e meio, e com uma perna às costas.

quarta-feira, 27 de março de 2024

A última palavra do deputado

- Senhor deputado, tem vosselência direito à última palavra.
- Muito obrigado, senhor presidente. Senhor presidente, senhoras e senhores deputados: zus!

sexta-feira, 8 de março de 2024

Depois queixam-se da abstenção...

Votei no passado domingo. Voto antecipado. Derivado aos resultados das últimas sondagens, que me parecem um bocado esdrúxulos, disponibilizei-me para votar também no próximo domingo. Mas dizem-me que não posso. Quer-se dizer: um homem quer, mas eles não deixam. Depois queixam-se da abstenção...

sexta-feira, 1 de março de 2024

Votos inúteis

Votos de confiança, votos de louvor, votos de vencido, votos de qualidade, votos de silêncio, votos de boas festas, votos felizes, votos infelizes, votos de parabéns, votos de melhoras, votos de casamento, o que eu lhe estimo é o que lhe desejo, votos de pesar, votos de medir, ex-votos e sobretudo votos de castidade. Inutilidades, nos dias que correm. 

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Batman, o de trazer por casa

Batman apareceu pela primeira vez no dia 30 de Março de 1939, no número 27 da revista americana de histórias aos quadradinhos Detective Comics. Era um desenho, um boneco. Anos mais tarde, lá pelos finais da década de 1980, depois de uma obscura passagem pela Redacção de O Primeiro de Janeiro, e eu por lá, foi eleito deputado à Assembleia da República pelo círculo Fora da Europa, pelo PSD, e tornou-se famoso derivado às viagens que não fez. Tantas foram as viagens, pelas contas que apresentou no Parlamento, que podia ter dado uma volta ao mundo. Mas não deu. Digamos que não foi a lado nenhum. O dinheiro era para distribuir pela família, o que só lhe fica bem.
Por outro lado. Posso estar enganado, mas acho que me cruzei com o nosso Batman, há dois ou três meses, na loja da Via Verde no Porto. O que, convenhamos, não deixa de ser irónico.

P.S. - Hoje é Dia Internacional do Parlamentarismo.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Relativamente a essa matéria

- Relativamente a essa matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente a essa matéria.
- E relativamente à outra matéria, senhor ex-ministro?
- Relativamente à outra matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente à outra matéria.
- Bem me parecia, senhor ex-ministro!
- Ainda bem que nos entendemos, senhor deputado!

(Quer-se dizer. A sessão inaugural da Assembleia Nacional Constituinte decorreu no dia 19 de Junho de 1911, faz hoje anos e é bem feito. A Assembleia Constituinte sancionou a República Portuguesa e a abolição da Monarquia, estabeleceu as cores e o desenho da Bandeira Nacional e adoptou "A Portuguesa" como Hino Nacional. A TAP veio depois. E está a dar-lhes imenso jeito. Embora eles não saibam ou façam de conta que não sabem que os portugueses do rés-do-chão querem que o assunto TAP se foda.)

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Eu não lhe admito, senhor deputado!

- Eu não admito que o senhor deputado diga que eu disse isso, senhor deputado!
- Então o que é que o senhor deputado disse, senhor deputado?
- Eu disse aquilo, senhor deputado.
- Aquilo, senhor deputado? E só agora é que o senhor deputado diz isso, senhor deputado?
- Eu não admito que o senhor deputado diga que eu disse isso, senhor deputado!

Relativamente a essa matéria

- Relativamente a essa matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente a essa matéria.
- E relativamente à outra matéria, senhor primeiro-ministro?
- Relativamente à outra matéria, senhor deputado, devo esclarecer que não tenho nada a acrescentar relativamente à outra matéria.
- Bem me parecia, senhor primeiro-ministro!
- Ainda bem que nos entendemos, senhor deputado!

Realmente. O que seria de nós, do País, da Nação, do nosso amado Portugal, sem os nossos senhores deputados, sem os nossos senhores primeiros-ministros, gente assim de categoria?...

P.S. - Hoje é Dia Internacional do Parlamentarismo. 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A patroa de Rui Rio

O Expresso publicou há coisa de dois anos um interessante retrato de Florbela Guedes, a assessora de comunicação, chamemos-lhe assim, de Rui Rio. O semanário conta que ela é "a mulher mais poderosa do PSD", que ela é "a sombra e a extensão do próprio líder social-democrata", que é ela quem decide "quem fala em nome do PSD - e quando". Quer-se dizer: Florbela Guedes é a verdadeira patroa do PSD, portanto a patroa de Rui Rio. E lembrei-me...

Aqui há uns anos, alguns mais, durante a chatíssima presidência de Rui Rio na Câmara do Porto, os jornalistas foram chamados a acompanhar Sua Excelência numa visita à piscina municipal da Pasteleira. Decerto houvera melhoramentos, e Florbela Guedes lá estava a tomar conta. Das obras, do presidente e de nós. No decorrer da desinteressante conversa, e não me lembro a propósito de quê, Rio fez a extraordinária revelação de que não sabia nadar. Para mim, que ia pelo 24horas, já chegava. Na verdade o meu jornal tinha-me mandado lá para conferir se o cinzentão autarca portuense calçava meias da mesma cor, e de que cor, mas aquilo de não saber nadar, no pico de carreira dos Black Company e da campanha contra o afogamento das gravuras do Côa, saíra-me melhor do que a encomenda. Satisfeitos, pedimos a continha e pusemo-nos a andar sem pagar, eu mais o meu camarada da fotografia.
Ainda não tínhamos chegado à Junta de Lordelo do Ouro e já tocava o telemóvel do meu camarada da fotografia, por acaso amigo de infância de Rui Rio. Era a Florbela a dar-lhe o recado que me desse o recado que aquilo de Sua Excelência não saber nadar era a brincar, que ele uma vez até esteve quase a ser Tarzan num filme, que não era notícia, que não valia a pena, que não tinha jeito nenhum, que valha-me Deus! Eu, que também pensava que não era notícia, e confesso que nem ia escrever, resolvi então oferecer à Dra. Florbela Guedes, ex-jornalista, o mesmo tratamento que ela nos dispensava sistematicamente a nós, jornalistas, não nos atendendo sequer o telefone e fechando-nos todas as portas e janelas. Mandei-a por isso dar uma curva com os quatro piscas ligados e, em dois ou três históricos parágrafos, antológicos e imortais, denunciei ao mundo e arredores o escândalo do século - Rui Rio não sabe nadar, yo! -, que eu não sou para brincadeiras. E ia-me saindo o Pulitzer daquele ano...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

O viagra ao poder!

Estava aqui a pensar nas eleições: do que nós precisávamos realmente era de um verrumador encartado que nos tomasse conta do País. Sinceramente não sei se há alguém à altura em Portugal, mas o viagra está aí para alçar o que for preciso, digamos assim. Convinha-nos, creio, um estadista da casta de um John F. Kennedy, de um Bill Clinton, de um François Mitterrand, tão presidentes quanto adúlteros, mesmo de um nojento Donald Trump, ou até de um Dominique Strauss-Kahn, esse predador sem vergonha e de colarinho branco que não descansou enquanto não fodeu todas as hipóteses que tinha de suceder a Nicolas Sarkozy, outro sedutor, no Palácio do Eliseu.
Mas o máximo era conseguirmos um borguista tipo Silvio Berlusconi, o octogenário italiano que, segundo o língua-de-trapos do seu médico pessoal, ainda aqui atrasado podia "ter, sem exagero, seis relações sexuais por semana", desde que descansasse ao domingo, derivado à religião.
Um homem assim é que era bom. Alguém que se concentrasse realmente no essencial - a mulherenguice - e que, por favor, nos saísse de cima.

P.S. - Publicado originalmente no dia 27 de Junho de 2011. O magnata italiano Silvio Berlusconi anunciou a sua entrada na política no dia 26 de Janeiro de 1994.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

A história exemplar do deputado Almeida

Estava aqui a lembrar-me, por exemplo, de André Almeida. Do deputado André Almeida. Não estão a ver quem é André Almeida? Aquele jovem de Arouca que substituiu Luís Marques Mendes na Assembleia da República, entre 2007 e 2009. Não estão mesmo a ver, pois não? Pronto, o melhor é eu contar a história do deputado Almeida.

Cheio de ideias e boas intenções, André Almeida chegou ao Parlamento e ficou encantado com o que encontrou. O encantamento foi de tal ordem que, em Fevereiro de 2008, o promissor político arouquense surpreendeu tudo e todos ao declarar que os deputados da Nação ganhavam demais, anunciando, ainda por cima, que ia dar dez por cento do seu ordenado mensal a uma instituição de solidariedade social do seu círculo eleitoral, Aveiro. "As ajudas de custo chegam perfeitamente para o que um deputado faz, porque temos condições excelentes", explicou André Almeida ao jornal 24horas.
Avisado pelo jornalista que o entrevistava para a perigosidade da matéria em que estava a mexer (matéria altamente inflamável e explosiva, e que ainda lhe poderia rebentar nas mãos), o jovem deputado limitou-se a encher o peito e a declarar-se "preparado para as críticas". Mas não estava. Dois dias depois, o deputado Almeida foi humilhado pelo seu próprio grupo parlamentar e obrigado a fazer um lamentável pedido de desculpas. Os colegas de bancada fizeram dele gato-sapato. E, para a humilhação ser completa, o puxão de orelhas colectivo, que até foi privado, saiu imediatamente para os jornais.
Ficou a saber-se que o jovem André Almeida se defendeu dizendo que as suas declarações tinham sido "irreflectidas" e que pediu formalmente desculpas aos seus indignados companheiros de carteira. Mas nem esta triste figura bastou ao inquisidor-mor Agostinho Branquinho, um dos falcões do velho PSD, que insistiu no enxovalho, argumentando que o pedido de desculpas não era suficiente para fazer desaparecer os danos entretanto causados. Nesse dia André Almeida já não atendeu o telefone do 24horas.
Quanto aos "danos" apontados à reguado por Branquinho, esse inapagável farol da deontologia social-democrata, foram sendo meticulosamente reparados. De oitavo na lista de candidatos do PSD por Aveiro às Legislativas de 2005, André Almeida desceu para décimo em 2009 e para décimo primeiro em 2011. Isto é: nunca mais sentou o cu na Assembleia. André virou-se então para a política local e foi líder da concelhia do PSD de Arouca, lugar a que não se recandidatou, alegando "razões profissionais, familiares e pessoais". Suponho que André Almeida abandonou definitivamente a política por volta de 2015, para se dedicar a coisas sérias e a uma vida útil e honesta: é dentista, se não me engano.

Agora cá entre nós: se pensarmos bem, André Almeida só não vingou como deputado porque fez tudo mal. Chegou à capital e avisou logo que queria trabalhar, disse até qualquer coisa do género "Acho que posso ser útil no Parlamento". Ora, os deputados não estão lá para trabalhar, muito menos para serem úteis. Os mais velhos decerto que ensinam isso aos mais novos, aos recém-chegados, mas o jovem arouquense deve ter faltado às aulas. Depois foi a desgraça que se viu. André Almeida teve a distinta lata de admitir que não precisava de ganhar tanto e o sarro do PSD caiu-lhe imediatamente em cima, mas, mesmo desterrado para os bancos da cozinha, o fugaz deputado lá ia aparecendo de vez em quando a puxar por Arouca e pela sua região, provavelmente quando não estava mais ninguém no hemiciclo. Como se não bastasse, tinha também a mania de "prestar contas" aos seus eleitores com permanente informação colocada no seu site oficial. A verdade é esta: deputados assim não interessam, dão má fama à Assembleia da República.

E Agostinho Branquinho, querem saber? Pois bem: lá se vai safando entre os pingos da chuva...

domingo, 23 de janeiro de 2022

Viva a liberdade! Abaixo as cuecas!

Christina Aguilera informou que não usa cuecas. Foi aqui há uns anos. A cantora norte-americana fez saber que gosta de se sentir livre e as cuecas não deixam. Às tantas, quando os nossos governantes nos mandam baixar as calças só estão a pensar no nosso bem...

P.S. - Hoje, 23 de Janeiro, é Dia Mundial da Liberdade.