À tarde, nuvens de rosas
À tarde, nuvens de rosas
Franjam de sangue o horizonte,
Um monte além outro monte,
Entre sombras misteriosas.
As águas cantam ruidosas,
Luzindo à sombra da ponte.
São frescas águas da fonte,
Que vão cantando saudosas...
Em bandos passam morcegos,
As rãs coaxam nos regos
Geme o vento em disparada...
E entre as estrelas, no poente,
O arco-de-ouro do Crescente
É uma foice ensanguentada!
Erico Curado
(Erico Curado nasceu no dia 18 de Maio de 1880. Morreu em 1961.)
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