Vitral
Franzina, é como um choupo à luz da Lua;
É a noite escura o seu olhar de mágoa.
Uma ogiva os seus braços quando amua,
modelo foi dos cantarinhos de água.
É a noite escura o seu olhar de mágoa.
Uma ogiva os seus braços quando amua,
modelo foi dos cantarinhos de água.
oh, que linda menina casadoira!
São os seios da virgem donzelinha,
dois novelos saltando à dobadoira.
Seus lábios, duas pétalas de rosa;
abrem as rosas como a boca enlaça…
Em beijo a boca é uma flor ciosa.
Num lago a Lua: o seu andar embala;
são suas mãos às que eu imploro a graça,
seu corpo esguio, uma ânfora com fala.
Afonso Duarte
(Afonso Duarte nasceu no dia 1 de Janeiro de 1884. Morreu em 1958.
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