Como a criança a correr atrás das borboletas,
Vamos estrada afora em busca da alegria...
De sonho em sonho, então - vêm as paixões infectas!
De sonho em sonho, após - foge um dia e outro dia!
A vida nos retraía em lúcida magia,
Essas noites sem fim de luares repletas,
Em que nos fala a luz às almas da ironia
De um mundo que nos abre as ambições secretas...
À tarde a criança volta à casa. A rede leva
De borboletas cheia, e brinca e folga, e lança
Uma por uma à chama - a morte enfim as ceva...
Mas nós seguimos sempre, e, quem sabe, sem termos
No peito úmido e frio o fruto da esperança,
Para servir de pasto aos corações enfermos!
"Oásis", Alarico Ribeiro
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