A macaca e o burro
No cristal de uma fonte clara e pura
Uma macaca estava contemplando
a sua formosura:
Os momos e os pulinhos revezando,
Da sua presunção indícios dava.
E de ser bela, com prazer, gozava.
Um burro, que pastava
Não longe do mostrengo presunçoso,
Condoído as orelhas sacudia.
E consigo dizia:
Se ao menos o meu porte grave e airoso,
Se a minha voz tonante ela tivera,
De ser vaidosa a permissão lhe eu dera.
No cristal de uma fonte clara e pura
Uma macaca estava contemplando
a sua formosura:
Os momos e os pulinhos revezando,
Da sua presunção indícios dava.
E de ser bela, com prazer, gozava.
Um burro, que pastava
Não longe do mostrengo presunçoso,
Condoído as orelhas sacudia.
E consigo dizia:
Se ao menos o meu porte grave e airoso,
Se a minha voz tonante ela tivera,
De ser vaidosa a permissão lhe eu dera.
Filinto Elísio
(Filinto Elísio nasceu no dia 23 de Dezembro de 1734. Morreu em 1819.)
Sem comentários:
Enviar um comentário