Não cantarei a virgem que o cavalo
Com um xairel de sangue arrebatou,
Quebrada pelo bruto, - nem levá-Io
Ao potro vingador de um verso vou.
Não cantarei tal noite aziaga. Falo
Apenas do que tenho, do que sou
Com ela, como o vinho no gargalo
Do frasco em que me bebe e me esgotou.
Nem cantarei a vítima do resto,
Violada na inocência que perdeu
Nas emboscadas de um punício lodo:
Que só meu próprio amor acendo. E atesto
A chama da Victória que me deu
Na margarida branca o mundo todo.
Com um xairel de sangue arrebatou,
Quebrada pelo bruto, - nem levá-Io
Ao potro vingador de um verso vou.
Não cantarei tal noite aziaga. Falo
Apenas do que tenho, do que sou
Com ela, como o vinho no gargalo
Do frasco em que me bebe e me esgotou.
Nem cantarei a vítima do resto,
Violada na inocência que perdeu
Nas emboscadas de um punício lodo:
Que só meu próprio amor acendo. E atesto
A chama da Victória que me deu
Na margarida branca o mundo todo.
"Caderno de Caligraphia e Outros Poemas a Marga", Vitorino Nemésio
(Vitorino Nemésio nasceu no dia 19 de Dezembro de 1901. Morreu em 1978.)
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