O desterrado
Junto ao mar, numa escarpa de granito
Beijada pelas ondas docemente,
Queda, em silêncio, o pálido proscrito,
A enxugar longa lágrima dolente.
Bem ao longe, na curva do infinito,
Se atufa a luz do sol resplandecente.
Como a rezar, sussurra a vento aflito,
Enquanto desce a triste noite algente.
Pensa na Pátria o pobre desterrado,
Pensa em revê-la, pensa, noite e dia,
Sem que chegue esse instante desejado...
E, à luz da lua que a amplidão invade,
Em tudo pondo o alvor da nostalgia,
Os olhos cerra, morto de saudade!
Junto ao mar, numa escarpa de granito
Beijada pelas ondas docemente,
Queda, em silêncio, o pálido proscrito,
A enxugar longa lágrima dolente.
Bem ao longe, na curva do infinito,
Se atufa a luz do sol resplandecente.
Como a rezar, sussurra a vento aflito,
Enquanto desce a triste noite algente.
Pensa na Pátria o pobre desterrado,
Pensa em revê-la, pensa, noite e dia,
Sem que chegue esse instante desejado...
E, à luz da lua que a amplidão invade,
Em tudo pondo o alvor da nostalgia,
Os olhos cerra, morto de saudade!
Sobral Júnior
(Sobral Júnior nasceu no dia 24 de Dezembro de 1890)
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