Cristo no Gólgata
Ao martírio da Cruz, de bens fecundo,
De Deus caminha o plácido Cordeiro!
Em denso véu de trevas o luzeiro
Do dia se retrai com dó profundo.
Ao vozear do bando furibundo,
Treme do Gólgata o sagrado outeiro;
Dos rebatidos cravos do madeiro
Brotam faíscas, que dão luz ao mundo.
Ali, de sangue lágrimas vertendo,
Da Virgens a superna Majestade
Ao suplício do Filho assiste horrendo!...
Cumpre-se a farisaica atrocidade.
Aos seus algozes o perdão dizendo,
Morre o Cristo... e renasce a humanidade.
Francisco Muniz Barreto
(Francisco Muniz Barreto nasceu no dia 10 de Março de 1804. Morreu em 1868.)
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