Na cubata de Catarina, a muturi
escolhida, reuniu-se o óbito com a assistência e choros dos demais
escravos. Para lá mandava D. Clara garrafas de vinho, de aguardente e
iguarias para as viúvas e suas companheiras, pois a alma da cobra
recomendara "não faltar nada", e Catarina nenhum preceito olvidava - não
fosse ela, do outro mundo, fulminá-la também...
No sétimo dia teve lugar o sangu,
que em outro lugar já explicámos, para todos os que fizeram parte do
óbito, e no oitavo a "comida da noite": guisados e assados de carnes de
porco, carneiro, galinhas, vinhos, licores, doces, etc., que se dá ao
espírito da pessoa morta à meia-noite.
"O Segredo da Morta (romance de costumes angolenses)", António de Assis Júnior
(António de Assis Júnior nasceu no dia 13 de Março de 1887. Morreu em 1960.)
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