Acho inúteis as palavras
Acho inúteis as palavras
Quando o silêncio é maior
Inúteis são os meus gestos
Para te falarem de amor
Acho inúteis os sorrisos
Quando a noite nos procura
Inúteis são minhas penas
Para te falar de ternura
Acho inúteis nossas bocas
Quando voltar o pecado
Inúteis são os meus olhos
Para te falar do passado
Acho inúteis nossos corpos
Quando o desejo é certeza
Inúteis são minhas mãos
Nessa hora de pureza.
António Sousa Freitas
(António Sousa Freitas nasceu no dia 1 de Janeiro de 1921. Morreu em 2004.)
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