Não que eu renegue as cartas cariciosas,
cheias de fé e amor, terno e eloquente,
Nas quais se espelha tudo que só sente
O coração das mães - almas bondosas!
Não que as despreze... Adoro-as, certamente,
Que me falam, me arrulham, dolorosas,
Como um bando de pombas amorosas
No pombal de minh'alma, irial e ardente!
Mas, que pode dizer-nos numa carta
Mais do que disse já, que não nos farta,
Um coração de mãe, santo e divino,
Se, como a mim, te fala sempre e eterna
A imagem grata da mulher superna
Que te formou a alma em pequenino?...
"Oásis", Alarico Ribeiro
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