Foto Hernâni Von Doellinger |
Os vândalos voltaram a atacar a Anémona da Olá, também conhecida por Anémona de Matosinhos. Não sei há quantos dias foi perpetrado mais este ignominioso atentado de lesa-património, certamente pela calada da noite, mas só na manhã de ontem é que eu dei por ele. Desta vez, roubaram a peça fundamental do conjunto escultural concebido pela norte-americana Janet Echelman. Exactamente: os selvagens levaram o imenso lençol de plástico com o reclame dos gelados Olá que cobria quase metade do relvado da rotunda da Praça da Cidade São Salvador, sob a gigantesca "rede de pesca". E, sem o reclame dos gelados Olá, a parte restante do monumento ficou completamente esvaziada de conteúdo. É imperdoável. É uma vergonha.
E agora como é que os turistas que diariamente se acotovelam no andar descapotável do Yellow Bus, lutando pelo melhor ângulo para fotografar o mundialmente famoso Olá's Monument, com as bocas cheias de wonderful! e fantastic!,
sabem que aquela é mesmo a Anémona da Olá? Como é que eles vão alcançar
os intrínsecos significados e subsignificados de uma obra de arte
manifestamente amputada do seu elemento basilar e essencial? E o que vão
pensar eles da incúria de uma terra que assim deixa profanar, sem
castigo e sem restauro, um dos seus mais sagrados ex-líbris? E digo ex-líbris com grande mágoa, mas a verdade é que, da forma que aquilo está, já não é líbris nenhum.
A
autarquia matosinhense tem de fazer alguma coisa. E, das duas, uma: ou
providencia e coloca imediatamente uma segunda-via do reclame dos gelados, se
possível ainda maior do que o anterior, e fica o assunto resolvido, ou
então o executivo camarário passa a reunir em permanência debaixo da
rede do monumento, certificando a autenticidade do mesmo e explicando
aos passantes, nacionais e estrangeiros, o porquê da Anémona da Olá.(Mais em Olá, cá está ele!)
Hernâni
ResponderEliminarRealmente, eu já por mais de uma vez vi um grande plástico da Olá mesmo por debaixo da Anémona, mas, ingenuidade a minha, pensava eu que era por mero acaso...rsrsrs
Agora percebo! Uma renda mensal, correspondente à ocupação do espaço municipal, como acontece com qualquer Feirante.
Resta-nos saber se a desaparecimento do dito plástico se fica a dever ao fim da época balnear, ou, se a Autora da Anémona obrigou à sua retirada. É que os direitos de Autor são coisa séria e não deverão ser usurpados por uma qualquer pessoa ou entidade a precisar de amealhar uns cobres.
Longe vão os tempos, em que, cada cabaz de sardinha desembarcado na lota de Matosinhos rendia um ou dois tostões (já não me lembro)para o Leixões Sport Clube. Essa pequena contribuição, pode nos dias de hoje parecer anedótica, mas, permitia ao Leixões fazer excelentes campanhas na então 1ª Divisão Nacional, e, pasme-se, chegar por vezes longe nas Taças Europeias de então. Bem sei que nessa altura, as Câmaras Municipais davam uma ajudinha aos Clubes. Mas também é certo que à época, as Autarquias não estavam enxameadas de pseudo-doutores e engenheiros, assessorados por outros doutores e engenheiros com vencimentos iguais ou superiores ao do Presidente dos E.U.A. e instalados em gabinetes com ar-condicionado, decorados com secretárias de belas pernas e generosos decotes, o que por si só, é mais que suficiente, para depauperar qualquer Orçamento Municipal.
Gaspar de Jesus
Gaspar,
ResponderEliminarObrigado pela visita e pelo comentário.
Abraço,
h.
E viva o Leixões!
ResponderEliminarAbraço.
P.
Mainada!
ResponderEliminarAbraço.