Foto Hernâni Von Doellinger |
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segunda-feira, 18 de agosto de 2025
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Grazie verigude!
A inglesinha abeirou-se-me sorridente e de mapa aberto na mão, meio perdida, pedindo-me que eu lhe dissesse onde é que ela estava, questão assim a modos que existencial. Indiquei-lhe, com todo o gosto: estávamos, ela e eu, em Matosinhos, exactamente no cruzamento da Rua do Godinho com a Avenida de Serpa Pinto, que, por sorte, era mesmo o sítio que ela queria. Estava lá marcado. Alargando o sorriso, bonito, a inglesinha simpática fez "Hã... hã... hã...", à procura da palavra certa, e, no seu melhor português, muito bem aprendido, bem treinado, saiu-se finalmente, toda satisfeita: - Grazie!
Vá lá, podia ter sido pior. Se me tivesse atirado por exemplo "Muchas gracias!", abanando castanholas e rebolando as ancas, eu ficaria realmente fodido...
Vá lá, podia ter sido pior. Se me tivesse atirado por exemplo "Muchas gracias!", abanando castanholas e rebolando as ancas, eu ficaria realmente fodido...
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Guia-Intérprete.
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quarta-feira, 27 de setembro de 2023
sábado, 10 de setembro de 2022
Toneladas de formosura
Moro mesmo em frente ao mar, se for para a varanda e me puser de lado. É o que costumo dizer: na minha rua passa o mar. No meu quintal estacionam navios de passeio mediterranicamente atlânticos, paquetes carregados, descarregados e outra vez carregados de turistas rotundos e supersónicos que conseguem turistar o Norte de Portugal inteiro em menos de oito horas. Há quem chame ao meu quintal, por inveja, Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Mas não: é o meu quintal!
Noutro dia estacionou-me ali em baixo o Costa Pacifica. São mais de 290 metros de navio para 3.780 passageiros. Os paquetes que me batem regularmente à porta têm-me dado que pensar, suscitam-me reflexões de pequena e média profundidade que aqui humildemente partilho com os meus queridos leitores. E daquela vez vieram-me à cabeça os cus. Os cus que os cruzeiros descarregam e recarregam.
Cu de turista não é brincadeira, já repararam? É traseiro de bitola larga e se for cu americano então ocupa o mundo inteiro, incluindo o México e o Brasil, menos a Alemanha e a Rússia. Até parece que para se ser turista - turista encartado - é preciso ter um cu daqueles. E o cu alemão e o próprio cu russo também para lá caminham, não querem ficar atrás. O que diz tudo a respeito dos cus.
Imagino que sejam muito ricos os camones com que me cruzo nas bordas do Porto de Leixões - eles a saírem todos cheios de good morning e eu, de passagem, "desculpem lá a shit de dog na sola da sandália, é good luck, com os cumprimentos de Matosinhos City". Tão turistas e tão prendados de cu, têm de ser muito ricos. Engordam e viajam porque podem. Se calhar são todos reformados da administração do Millennium BCP ou do BES mas não querem que se saiba.
Os turistas. Chegam e parece-me sempre um congresso de cus com sala de espera no Passeio Atlântico, que se vê à rasca para aguentar semelhante pesadelo. Toneladas e toneladas de bagagem extra em traseiros colossais e gingões mesmo à frente do meu nariz e que até naufragam tuque-tuques. Confesso: é um espectáculo que não pára de maravilhar-me. Até porque, como diz o povo que nunca andou de navio mas passa a vida vê-los passar, a gordura é formosura. Olho para os cus e olho para o barco, e só me apetece elogiar o génio humano, os avanços da ciência, os milagres da indústria, a arte e o engenho dos modernos fazedores de navios, supremos desafiadores das leis da física. Fascina-me aquilo que não consigo compreender. Para os cus e para o barco, olho. Olho para o barco e penso: como é que aquilo não vai ao fundo com tanto cu descomedido lá enfiado?
Noutro dia estacionou-me ali em baixo o Costa Pacifica. São mais de 290 metros de navio para 3.780 passageiros. Os paquetes que me batem regularmente à porta têm-me dado que pensar, suscitam-me reflexões de pequena e média profundidade que aqui humildemente partilho com os meus queridos leitores. E daquela vez vieram-me à cabeça os cus. Os cus que os cruzeiros descarregam e recarregam.
Cu de turista não é brincadeira, já repararam? É traseiro de bitola larga e se for cu americano então ocupa o mundo inteiro, incluindo o México e o Brasil, menos a Alemanha e a Rússia. Até parece que para se ser turista - turista encartado - é preciso ter um cu daqueles. E o cu alemão e o próprio cu russo também para lá caminham, não querem ficar atrás. O que diz tudo a respeito dos cus.
Imagino que sejam muito ricos os camones com que me cruzo nas bordas do Porto de Leixões - eles a saírem todos cheios de good morning e eu, de passagem, "desculpem lá a shit de dog na sola da sandália, é good luck, com os cumprimentos de Matosinhos City". Tão turistas e tão prendados de cu, têm de ser muito ricos. Engordam e viajam porque podem. Se calhar são todos reformados da administração do Millennium BCP ou do BES mas não querem que se saiba.
Os turistas. Chegam e parece-me sempre um congresso de cus com sala de espera no Passeio Atlântico, que se vê à rasca para aguentar semelhante pesadelo. Toneladas e toneladas de bagagem extra em traseiros colossais e gingões mesmo à frente do meu nariz e que até naufragam tuque-tuques. Confesso: é um espectáculo que não pára de maravilhar-me. Até porque, como diz o povo que nunca andou de navio mas passa a vida vê-los passar, a gordura é formosura. Olho para os cus e olho para o barco, e só me apetece elogiar o génio humano, os avanços da ciência, os milagres da indústria, a arte e o engenho dos modernos fazedores de navios, supremos desafiadores das leis da física. Fascina-me aquilo que não consigo compreender. Para os cus e para o barco, olho. Olho para o barco e penso: como é que aquilo não vai ao fundo com tanto cu descomedido lá enfiado?
P.S. - Hoje é Dia do Gordo. No Brasil.
segunda-feira, 13 de junho de 2022
A vida é um por exemplo
- Profissão?
- Turista.
- E que tal?
- Vai-se andando...
P.S. - Hoje é Dia do Turista. No Brasil.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
domingo, 20 de novembro de 2016
quinta-feira, 8 de maio de 2014
E havia necessidade?
Foto Hernâni Von Doellinger |
Vândalos, alanos, suevos ou visigodos? Tenho uma quase perfeita ideia sobre o que terá acontecido, mas fica cá comigo. Porque não passa de uma teoria, hipótese académica. Quem quiser ver como era antes da intervenção nocturna, pode espreitar aqui.
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sexta-feira, 4 de abril de 2014
Lugares-(in)comuns 64
Foto Hernâni Von Doellinger |
Olá, cá está ele outra vez. E sou obrigado a reconhecer: a coisa melhora de ano para ano. A versão Primavera/Verão 2014 - que me agrada particularmente - até já vem com o ® de marca registada e tudo. Um pormenor delicioso, como agora se diz, e que enriquece Matosinhos - suponho. Quem passa a vida nas redes sociais em vez de procurar emprego, como muito bem avisa a Senhora Dona Maria Isabel Torres Baptista Parreira Jonet, pode ler mais sobre o famoso Olá's Monument (assim é referido em todos os roteiros turísticos internacionais) aqui e aqui.
sábado, 5 de novembro de 2011
A Anémona da Olá
Foto Hernâni Von Doellinger |
Os vândalos voltaram a atacar a Anémona da Olá, também conhecida por Anémona de Matosinhos. Não sei há quantos dias foi perpetrado mais este ignominioso atentado de lesa-património, certamente pela calada da noite, mas só na manhã de ontem é que eu dei por ele. Desta vez, roubaram a peça fundamental do conjunto escultural concebido pela norte-americana Janet Echelman. Exactamente: os selvagens levaram o imenso lençol de plástico com o reclame dos gelados Olá que cobria quase metade do relvado da rotunda da Praça da Cidade São Salvador, sob a gigantesca "rede de pesca". E, sem o reclame dos gelados Olá, a parte restante do monumento ficou completamente esvaziada de conteúdo. É imperdoável. É uma vergonha.
E agora como é que os turistas que diariamente se acotovelam no andar descapotável do Yellow Bus, lutando pelo melhor ângulo para fotografar o mundialmente famoso Olá's Monument, com as bocas cheias de wonderful! e fantastic!,
sabem que aquela é mesmo a Anémona da Olá? Como é que eles vão alcançar
os intrínsecos significados e subsignificados de uma obra de arte
manifestamente amputada do seu elemento basilar e essencial? E o que vão
pensar eles da incúria de uma terra que assim deixa profanar, sem
castigo e sem restauro, um dos seus mais sagrados ex-líbris? E digo ex-líbris com grande mágoa, mas a verdade é que, da forma que aquilo está, já não é líbris nenhum.
A
autarquia matosinhense tem de fazer alguma coisa. E, das duas, uma: ou
providencia e coloca imediatamente uma segunda-via do reclame dos gelados, se
possível ainda maior do que o anterior, e fica o assunto resolvido, ou
então o executivo camarário passa a reunir em permanência debaixo da
rede do monumento, certificando a autenticidade do mesmo e explicando
aos passantes, nacionais e estrangeiros, o porquê da Anémona da Olá.(Mais em Olá, cá está ele!)
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