Os amantes de Novembro
Ruas e ruas dos amantes 
 Sem um quarto para o amor 
 Amantes são sempre extravagantes 
 E ao frio também faz calor 
 Pobres amantes escorraçados 
 Dum tempo sem amor nenhum 
 Coitados tão engalfinhados 
 Que sendo dois parecem um 
 De pé imóveis transportados 
 Como uma estátua erguida num 
 Jardim votado ao abandono 
 De amor juncado e de outono.
Alexandre O'Neill, "No Reino da Dinamarca"
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