Vi-o de novo,
pela alquimia
ancestral da solidão.
De novo se afundou no tempo
A pergunta desde sempre murmurada,
E o fogo crepitou suavemente
E queimou, uma a uma,
As horas da noite.
Trazemos na retina a eternidade.
Da aurora
Conhecemos os sinais,
Os planetas adormecidos,
O rio coberto de junquilhos mortos.
Do resto do tempo
Conhecemos o orgulho,
A lucidez desumana,
A tela por pintar
De novo se afundou no tempo
A pergunta desde sempre murmurada,
E o fogo crepitou suavemente
E queimou, uma a uma,
As horas da noite.
Trazemos na retina a eternidade.
Da aurora
Conhecemos os sinais,
Os planetas adormecidos,
O rio coberto de junquilhos mortos.
Do resto do tempo
Conhecemos o orgulho,
A lucidez desumana,
A tela por pintar
E o ruído
subtil do medo.
Aprenderemos a crescer ao lado das roseiras?
A saciar de sol a demência do vazio?
A destruir as velhas raízes?
Fluido, fluido é o cerco da solidão.
Maria Amélia Neto
Aprenderemos a crescer ao lado das roseiras?
A saciar de sol a demência do vazio?
A destruir as velhas raízes?
Fluido, fluido é o cerco da solidão.
Maria Amélia Neto
(Maria Amélia Neto nasceu no dia 30 de Outubro de 1928)
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