Minha casa volante
De vazio e sonho.
O trapézio em que
Me equilibro desde
O dia em que
nasci.
A jaula das
feras
Com que
convivo.
Os palhaços
que
Nos
reproduzem.
Os domadores
que
A nem todos domam.
As amazonas que
Não sabem amar.
O público que não
Nos vê e não aplaude.
Circo: círculo
Concêntrico desta
Roda viva
De purgação
E espera.
Mas se o circo parte
Fico ainda mais só.
Antônio Rangel Bandeira
(Antônio Rangel Bandeira nasceu no dia 24 de Outubro de 1917. Morreu em 1988.)
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