domingo, 4 de dezembro de 2016

As dez maiores tangas da História de Portugal 6

6. O luso-tropicalismo. Na definição de António Manuel Hespanha, quando lha pedi, o luso-tropicalismo é aquela ideia bonita sobre "a natureza especial do povo português para um convívio harmónico e não discriminatório com outras raças", essa extraordinária habilidade civilizacional de sermos mansos que viria desde os tempos em que o País andava de cueiros e até hoje.
E vai-se a ver, uma treta. O professor universitário e historiador ensinou-me que, pelo contrário, Portugal "exerceu e manteve até mais tarde do que a generalidade dos países um domínio duro e discriminatório sobre os povos colonizados". E só para piorar a nossa fotografia a preto e branco: apesar da letra das constituições oitocentistas, Portugal "não concedeu direitos aos "portugueses do Ultramar", aboliu a escravatura muito tarde e descolonizou em último lugar"...
O professor Fernando Sousa iria ainda mais longe, garantindo-me que "os Portugueses não mataram tanto como os Espanhóis porque no Brasil não havia muita população"... De resto, o historiador recordou-me que "se multiplicaram as matanças" nas Campanhas de África e durante a I Guerra Mundial, como já tinha acontecido antes no Oriente, onde "saqueávamos e matávamos com facilidade e regularidade".
Meninos para o preciso, éramos. Somos?

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