segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
A Fnac e a Leya andam a vender livros assim
A fotografia não está desfocada. O livro veio mesmo assim, ilegível - triste destino para o que é escrito para ser lido. Ofereceram-mo pelo Natal, comecei hoje a ler e encontrei esta merda: uma série de páginas com graves defeitos de impressão, algumas páginas esborratadas e absolutamente ilegíveis. O livro é "Teatro de Sabbath", de Philip Roth, edição da Leya/D. Quixote, e foi comprado na Fnac do NorteShopping. Liguei há bocado para a Fnac a perguntar se faziam o favor de mo trocar, uma vez que manifestamente foi vendido com defeito de fabrico. Que não, que já tinham passado os trinta dias regulamentares para apresentar reclamação - foi o que responderam.
Portanto, se vai à Fnac comprar um livro (e recomendo-lhe que não vá), não se esqueça de inspeccionar todas as páginas, uma a uma, antes de o levar para casa. E tem um mês para o ler ou está fodido.
Já agora, a alma caridosa que me oferece os meus melhores livros deu-me também, pelo Natal, "As Aventuras de Augie March", de Saul Bellow, edição da Quetzal, comprado igualmente na Fnac do NorteShopping. Acabei-o ontem. O livro é extraordinário, melhor do que um filme, mas a revisão do texto é uma desgraça. Faltam artigos definidos às carradas, multiplicam-se os erros de concordância, refazem-se frases sem se apagar as palavras alegadamente substituídas, aparecem do nada, aqui e ali, páginas com um português construído à la brasileira. Como disse, uma desgraça. E, como se prova, uma desgraça nunca vem só.
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FNAC, LEYA, QUETZAL e outros que tal... os livros devem ser impressos na China ou coisa parecida. O que conta para esta gente é apenas e só o LUCRO. Estamos fodidos.
ResponderEliminarG.J.