quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Falcao já foi

Acontece que eu vi. Vi o "Flash Porto" de terça-feira, no Porto Canal, e a cara de frete, de enjoo, com que Radamel Falcao debitou toda a cartilha de lugares-comuns futebolísticos, falando de tudo sem dizer nada. Não lhe apanhei um sorriso, ainda que esforçado, não lhe pressenti ponta de entusiasmo, ainda que falso, não lhe vi a alma. Só vi desconsolo. E ele não era assim. O ponta-de-lança portista do ano passado já cá não está.
A renovação do contrato, e consequente aumento da cláusula de rescisão, foi apenas uma manobra de Pinto da Costa para optimizar o valor da mais que provável venda do excelente avançado colombiano, que quer sair. Aí entenderam-se, mas pode ser que a castanha ainda lhes rebente nas mãos, se não aparecer o tal negócio por que ambos esperam. Fica o FC Porto sem os milhões a que já fazia contas e com um jogador apenas de corpo presente.
Outra manobra, a de ontem, com Pinto da Costa a recomprar 22,5 por cento do passe de João Moutinho, por quatro milhões de euros, quando, há menos de um ano (Outubro de 2010), tinha vendido 37,5 por cento dos direitos económicos do mesmo jogador a um fundo de investimento por... quatro milhões e 125 mil euros.
E não acredito que seja só o FC Porto a pôr a escrita em ordem, por causa das queixinhas que Luís Filipe Vieira vai certamente fazer à CMVM. Não. É Pinto da Costa a preparar o cenário para mais uma saída.

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