O novel conselheiro de Estado Luís Filipe Menezes tem feito obra que só visto em Vila Nova de Gaia. Eu não vejo, mas ouço. E respeito. Não são de deitar fora, por exemplo, os empregos que Menezes deu às desamparadas pessoas chamadas da cultura ou das letras, que ali estão agora bem aviadas, e isto, nos dias que correm, é realmente obra. É bom, só lhes desejo o melhor. Quem me dera!
Agora, com tanta intelectualidade na Câmara, não haverá lá unzinho que saiba pelo menos um bocadinho de português?
Sem mais delongas, vou contar o que realmente me aflige: um bom amigo chamou-me a atenção para um pequeno texto, digamos promocional, indelevelmente colado no plástico de um quiosque de gelados (creio que da Olá), mas com as chancelas da Câmara Municipal de Gaia, da Gaianima e de mais meia dúzia de entidades de que eu não me lembro o nome, e nem sei o que são, mas que decerto vão dar ao mesmo.
O lamentável texto oficial, com o título "Convento Corpus Christi", que está ali mesmo em frente, diz o seguinte, logo no primeiro parágrafo:
"O Convento remonta ao séc. XIV, mas sofreu profundas alterações e acréscimo no século XVIII, extinto em 1834."
Ora bem: lamento informar os senhores doutores, engenheiros e demais sumidades da Câmara Municipal de Gaia que o século XVIII não foi extinto em 1834. O século XVIII acabou, porque tinha mesmo que acabar, em 1800.
Mas, eu sei, não era isso que estas inteligências queriam dizer. O que eles queriam dizer, se soubessem, era, por exemplo:
O Convento remonta ao séc. XIV, mas sofreu profundas alterações e acréscimo no século XVIII. Foi extinto em 1834.
Ou
O Convento remonta ao séc. XIV, mas sofreu profundas alterações e acréscimo no século XVIII, tendo sido extinto em 1834.
Até era fácil, não era?
É verdade sim senhor!!!
ResponderEliminarEu, por um acaso, também li esse "naco de bom português".
Gaspar de Jesus
Sempre em cima, meu caro amigo. Sempre em cima!
ResponderEliminarGrande abraço.
Se me permites: quem ou o que impede o século XVII de acabarem 1834?!
ResponderEliminarAcho que a criatividade tem sempre Novas Oportunidades. Temos que abrir a cabeça à inovação.
Eu penso de que...
M.
Século XVIII, queria dizer V. Ex.ª. Vejo que o caro M. falhou as Novas Oportunidades.
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