Eu, que tenho a mania de ser antes pelo contrário, desobedeço-lhes com quanta força consigo e gozo como um perdido nos fins-de-semana e correlativos. São os meus dias mais úteis.
Depois, chateiam-me as "horas de expediente", expressão tão prestável ao duplo sentido e que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha. A minha dúvida é apenas esta, segredada pela pulga: será que, das 9 às 17, nas Finanças, nas autarquias ou nos ministérios, o papel do funcionalismo passa por lançar mão de todos os truques e armadilhas possíveis e inimagináveis para nos infernizar a vida e sacar-nos tudo, até o cotão dos bolsos, a mando do Estado? Então mais vale ir lá bater à porta depois do fecho dos serviços. Pode ser que, sem a obrigação do expediente, sejamos enfim atendidos com honradez.
P.S. - Hoje é Dia do Funcionário Municipal. No Brasil.
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