Joseph Ratzinger tinha 85 anos quando, em 2012, resolveu escangalhar o
presépio. Tirou a vaca e o burro, porque - dizia o então papa e actual
contrapapa - no local do nascimento de Jesus "não havia animais".
Portanto também não havia ovelhinhas, o que quer dizer que também não
houve pastorinhos do deserto. Sobravam, isso sim, os três reis magos.
Gente fina, vinho de outra pipa. Reis. E magos (porque o champanhe
ainda não tinha sido inventado). Esses, é certo, estiverem lá, em
representação de toda a humanidade - segundo Bento XVI. Estiveram os
reis magos e os anjos cantadores.
Eu por acaso até era mais dado a
acreditar no burro e na vaca do que na mirabolante história de Gaspar,
Melchior e Baltasar, uma boa linha média para quem jogue em 4-3-3, mas
que se há-de fazer? Mais de dois mil anos a aquecerem o Menino com os
respectivos bafos e é este o pagamento que o burrinho e a vaquinha
recebem.
Sempre atento às verdadeiras e mais urgentes necessidades
do mundo e da cristandade, Ratzinger, o reaccionário e intriguista,
resolveu escangalhar o presépio. Estaria no seu direito. Mas no meu não
mexe! Tarrenego!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
Quando Ratzinger escangalhou o presépio
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