quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Alexandre Vargas 4

Deserto

Praia estendida onde flutuo aberturas… negligente
sapiência…
A praia do passado. Agora só.
Abandonamos a fixidez… reencontramo-la.
A praia que ninguém me ensinou está lá.
Só uma vaga mão familiar nos abandona ao prazo. É a
felicidade que miro, o outro lado… esperança balnear.
Mas depois banhei-me sozinho na praia secreta. As ondas
dos pés. Imagino estar apenas…
É uma vaga mão, é um vago consolo onde estou.

"Poesia Digital", Alexandre Vargas

(Alexandre Vargas nasceu no dia 31 de Dezembro de 1952. Morreu em 2018.)

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