Um atum com 162 quilos foi hoje vendido por 4,3 milhões de ienes (quase 33 mil euros), no famoso mercado de peixe de Tsukiji, em Tóquio, o maior mercado de peixe do mundo e uma das principais atracções turísticas da capital japonesa. O atum em questão foi a estrela maior do último leilão de peixe no velho Tsukiji, que muda para casa nova na próxima semana. Sei disto tudo porque o jornal Público me conta.
Mas o atum de hoje até foi praticamente dado. Em Janeiro de 2013, sempre contado pelo jornal Público, atentíssimo a estas e outras extraordinarices, um atum gigante foi vendido, no mesmo mercado, pelo preço recorde de 1,38 milhões de euros. O peixão pesava 222 quilos, ficando por isso a cerca de quatro mil e setecentos euros o quilo. Ora passa-se o seguinte: no outro dia comprei um atum anão, cá em Matosinhos, por pouco mais de euro e meio, eu seja ceguinho, e mais fresco era impossível. Pesava quase três quilos.
As notícias afirmam que o atum gigante japonês era "rabilho". O meu atum anão, não sei. Mas também foi comido. Em bifinhos. De cebolada. E que bem que soube.
Não percebo se é a fartura que os desorienta, mas a verdade é que os japoneses são um bocado tolos nisto de compras. Em Julho de 2014 soube-se que um cacho com 34 uvas, cada uma a pesar cerca de 30 gramas, foi vendido pelo simbólico preço de quatro mil euros. As uvas eram da raríssima casta ruby roman. Aqui atrasado comprei um bom gaipelo com 15 bagos e dois pequeninos, e não paguei mais do que cinquenta e três cêntimos. As minhas uvas eram colhão-de-galo e fiquei muito bem servido.
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