segunda-feira, 17 de julho de 2017

Luiz Otávio

A trova tomou-me inteiro,
tão amada e repetida,
que agora traça o roteiro
das horas da minha vida!...
 
Toda noite ao me deitar
(por certo você reprova),
eu me esqueço de rezar
e fico fazendo trova.
 
Às vezes o mar bravio
dá-nos lição engenhosa:
afunda um grande navio,
deixa boiar uma rosa!
 

Meus sentimentos diversos
prendo em poemas tão pequenos.
Quem na vida deixa versos,
parece que morre menos….

"Trovas", Luiz Otávio

(Luiz Otávio, nome literário de Gilson de Castro, nasceu no dia 18 de Julho de 1916. Morreu em 1977.)

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