Forjaram-te ao clarão da luz intensa
Que se chama a Verdade. De armadura
Revestiram-te o corpo. E a destra pura
Ergueu bem alto o lábaro a crença.
Tu passaste entre nós qual a figura
De algum novo Jesus. Tua alma imensa
Foi a própria Justiça. E uma sentença
Era o verbo da Lei feito escritura.
Tinhas na voz a cólera sagrada
Para a opressão e para a vil manada
Que se rojava aos pés dos opressores.
Tinhas no coração a caridade,
O amor do bem de toda a humanidade,
Dos fracos, das crianças e das flores.
Salvador de Mendonça
(Salvador de Mendonça nasceu no dia 21 de Julho de 1841. Morreu em 1913.)
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